sábado, 27 de setembro de 2008

Pensamentos estupidamente estúpidos

Andando pela rua a caminho do ponto de ônibus, me ocorreu (novamente) um tipo de pensamento que me persegue há muito tempo.

É o tipo de mensagem que o meu cérebro processa tão rápido que eu não consigo conter. Mas o mais legal é que, uma fração de segundo depois, eu mesmo descarto a bobagem, dialogando compulsivamente comigo mesmo.

Agora que já estão com a cabeça imaginando um milhão de bobagens, posso contar qual é o meu pensamento retroativo babaca de sempre.

Como disse, estava indo ao ponto de ônibus onde pegaria uma condução até a estação de trem, na qual poderia subir em um vagão que me levasse até a capital.

É nesses momentos, especialmente quando se está atrasado, que a tragédia se dá. O ônibus passa ao longe, e não daria tempo nem de correr para tentar pegá-lo. Perder o busão funciona praticamente como disparar um dispositivo interno.

Então surge em minha mente o tal pensamento: "Cacete... Se ao menos eu conseguisse correr como o Flash, eu conseguiria alcançar o ônibus..."

Prontamente, meu grilo falante berra em meus ouvidos: "Ô idiota, se você corresse como o Flash, não precisaria pegar o ônibus, era só correr até o Ipiranga..."

Na mesma linha tem o "Ah! Se eu voasse como o Superman, eu poderia voar até a estação de trem..."

Pois é, caros desocupados leitores, acontece, eu confesso.

Mas eu juro que acho que sou normal...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Maldito pé esquerdo


É impressionante como às vezes a gente sai de casa numa falta de sorte sem fim. Eita maré...

Se acordar com o pé esquerdo é mal sinal, então ontem eu levantei com oito patas esquerdas.

Levantei, tomei um banho, e acabei me atrasando para pegar o trem de manhã. Até aí, tudo absolutamente normal.

Em tese, os problemas só começaram depois do expediente. Às quartas saio mais cedo para ir para a faculdade, mas ontem resolvi carregar meu bilhete escolar no terminal de ônibus antes de ir.

Pra começar, peguei o ônibus errado e fui parar longe do terminal. Explicação: eu não tô podendo adivinhar que o ônibus "Sacomã" é diferente do ônibus "Term. Sacomã". Burrice não ter perguntado, mas fui no embalo das outras pessoas e não deu certo... fica como lição. Não me senti tão mal, pois duas outras pessoas desceram no ponto final e procuraram o ônibus certo comigo.

Após subir em outro ônibus (e pagar outra passagem), cheguei ao terminal. As bilheterias próximas de onde desço estavam em reforma e precisei rodar o terminal inteiro para chegar em outras. Chegando lá, não consegui carregar o cartão, pois a empresa de administração do transporte de São Paulo não tinha recebido a atualização da minha matrícula ainda.

Conclusão: peguei um veículo errado e um certo à toa, completamente sem necessidade.

Ao pegar o ônibus intermunicipal para ir à universidade tive que pagar mais uma passagem. Logo no início do trajeto, o motorista parou em um ponto e subiu um sujeitinho bem do suspeitinho. Meu 34º sentido disparou. O meliante agarrou uma arma e resolveu que ,por não ter mais o que fazer, ia assaltar um micro-ônibus.

Depois de uma super discussão entre bandido e motorista, o filho de uma puta viu que não tinha dinheiro em caixa e saiu sem fazer mais estragos.

Enquanto tudo isso acontecia, estava eu no segundo banco, com um alvo vermelho e branco pintado na testa. Eu congelei, fiquei no maior cagaço, afinal, carregava comigo o que de mais valioso tenho em termos materiais: este notebook com o qual vos escrevo.

Desesperos a parte, mantive a cara de paisagem, como se nada estivesse se passando, e eu apenas curtia a viagem ouvindo minha música.

Chegar na faculdade e ouvir deles que não tem problema nenhum registrado com a empresa de ônibus e que estou matriculado corretamente só terminou de acabar com a minha esperança de conseguir colocar crédito naquele pedaço de plástico com minha foto.

Depois de fazer o que tinha que ser feito, imaginei que chegaria cedo em casa. Mas eu tenho sérios problemas com o transporte público. Por pressa, subi no primeiro ônibus que passou e que iria para o lado que eu gostaria de chegar. Depois de dar uma volta completa ao redor da Terra, desci no ponto final do ônibus e tive que caminhar um bom trecho para chegar ao ponto onde passa meu coletivo.

Muuuito dinheiro dado ao governo em passagens, muito cagaço e perda de tempo depois, o dia acabou. Acabou bem, por sinal. Ainda bem.

É dose. E eu tomo. Fazer o quê?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Beber + fumar = diversão?

Quer me ver irritado é falar merda em rede nacional. E ainda mais sobre certos assuntos...

Estava assistindo despretensiosamente a um telejornal no final do dia, enquanto fazia algumas outras tarefas sem importância, o vulgo "fazer nada". Eis que a apresentadora lê uma cabeça de matéria que dizia: "está para ser aprovada em São Paulo a lei que proíbe o fumo em lugares fechados, acompanhe na reportagem... blé bló blú".

Parei para prestar atenção, pois acho ótimo que alguém pare logo com essa palhaçada de obrigar os outros a inalar fumaça alheia quando vai a um barzinho ou algo do tipo.

Quando achei que a notícia ia me animar, me decepciono, pois tudo começa com uma tiazona em um happy hour que falava: "a gente já não pode beber, agora não vai pode fumar também, e o que a gente vai fazer para se divertir?"

E o sangue sobe. Uma sugestão para o que a senhora do vídeo poderia fazer para se divertir: vai dançar macarena no meio do inferno!

Gente que atrela seu divertimento e alegria a qualquer tipo de vício não tem a menor moral comigo. Acho que eu faltei na aula que explicavam que só é possível se divertir quando se fuma ou bebe.

E vou além. Uma pessoa com essa mentalidade fraca é o tipo de criatura que se enfia facilmente em qualquer espécie de droga bebível, fumável, cheirável ou injetável. E, enquanto houver gente que atrele sua felicidade a métodos artificiais de consegui-la, haverá consumo de drogas, venda de drogas, tráfico de drogas, violência, e aquele papinho de filme de favela que o pessoal adora fazer para polemizar.

Sou abstêmio com todo o orgulho que eu tenho pra ter, ok? Careta? Chatão? Só se for para você que pensou isso ao ler a minha declaração. Tô "de boas" assim.