segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Contundindo-se sozinho


Um amigo meu essa semana sofreu uma contratura muscular que o deixou sem poder nem respirar direito. Uma dor nas costas digna de Matusalém.

Dores nas costas são comuns hoje em dia. Resultado de má postura, excesso de peso em mochilas e bolsas, entre outras causas, é um mal que atinge grande parte da população.

Mas o meu caso do meu amigo foi mais, digamos, grave.

Ao voltar de uma festa, ele chegou em casa com uma vontade doida de cagar. Achou até que algo que tinha comido na confraternização tinha feito mal e que iria ser aquela caganeira inescrupulosa. A barriga
resmungava enquanto ele corria pro banheiro. Chegou lá, surpreendeu-se com o material sólido expelido. Foi mais peido do que merda. E foi merda também. Enfim...

O acidente aconteceu na hora de se limpar. Ao torcer o braço pra trás, pra alcançar o furico, deu um mal jeito nas costas. A fisgada foi intensa. E em seguida ficou meio dolorido, mas meu amigo achou que fosse melhorar depois que dormisse.

Só piorou. De manhã, ele mal conseguia andar pela casa. Nada que um relaxante muscular potente e uma tarde inteira dormindo não resolvessem.

Pior foi o pai do meu amigo, que, como o meu, é médico, dizer pra ele antes de liberar a dose do remédio: "Precisa se exercitar". Exercitar o que, exatamente? Cagar mais vezes ao dia? E a culpa, então, é do condicionamento físico nota zero. Aí eu pergunto: tem coisa mais chata do que "se exercitar"?

Hoje meu amigo está bem das costas e voltou a sorrir.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Maldição da poeira

Se tem uma coisa que eu amo nesse mundo é a poeira. Ela é tão benéfica. Meus pulmões pulam de alegria.


E eu já nem tenho rinite alérgica mesmo... Aí vou me meter a pegar uma avenida da cidade que passa por obras do Rodoanel. Um sol de fritar mandioca na terra. Um calor de fazer lagarto suar. E eu no carro, sem a menor chance de andar com a janela fechada.

Passa um caminhão, levanta aquela super nuvem de poeira vermelha da rua. Terra seca tem essa tendência chata de se dissipar em forma de pó no calor né?

Ai
a maldita da minha rinite resolveu atacar. E a uma semana do natal e duas do ano novo, cheio de festa pra participar, fiquei gripado.

Acho que meu pulmão num anda pulando de alegria. Na realidade, ele pula de alergia, toda vez que eu dou uma tossida de cuspir o coração.

Já estou dopado de remédio. Vamos ver se dá resultado...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ópera da desgraça alheia: 5º ato - O banho do rato

Rato? Acho nojento. É o bicho mais nojento da natureza. Num precisava nem existir. E foda-se o equilibrio da cadeia alimentar, do Universo e do escambau. Acontece que um resolveu nos brindar com sua ilustríssima visita hoje a noite. Estava minha mãe lavando roupa. Eis que ouço um grito. Corro e descubro que tem um dentuço embaixo do tanque.

Minha mãe gritando na porta do quarto dos fundos, com um rodo na mão. Eu na porta da cozinha, fiscalizando se o rato saía de lá. A vizinha gritando palpite da janela. Comolidar? Não sei. Se estivesse claro e eu não estivesse de chinelos, talvez até arriscaria tentar jogar críquete com o rato na base da vassourada. Mas estava muito escuro pra enxergar a bolinha da vez, deixei pra lá...

Munida com um balde de água, Dona Elminha espantou o rato da área de serviço. Ele se escondeu atras de uma porta entre o quintal e a garagem. A gata preta daqui de casa estava de prontidão, na entrada da garagem, desconfiada de que algo estava acontecendo. E lá vai mais água com muuuito cloro (todo o cloro da casa), ajax e outros produtos, num coquetel poderoso. O rato energumeno fugiu. E deve ter ficado branquinho com o banho químico...

E toca a gata correr atras dele na garagem. E o afugentou pra rua. Mas ele fez o favor de correr pra dentro da garagem da vizinha. E a gritaria e confusão mudou-se pra casa ao lado junto com o roedor. Então, o marido dela roubou minha ideia do críquete e saiu com um porrete caçando o rato.

Depois de cutucar uns cantos, o rato correu pra rua, com o vizinho no encalço. Correu pra longe. E foi tarde.

Com um nojo extremo, minha mãe terminou de usar todos os produtos de limpeza disponíveis pra lavar todo o quintal.

E eu, ao contar a história pra um amigo, ainda ouvi a piadinha clássica: "Ah! Era o Mickey". E eu num consegui não responder com um: "É... era sim, claro. Ele até dançou pra mim".

Agora eu pergunto: tinha necessidade de essa droga de rato aparecer a essa hora? Só pra atrapalhar a novela mesmo, viu...

domingo, 11 de outubro de 2009

O verdadeiro trem da alegria

Sábado. 7h30. Esse que vos escreve estava pronto e animado para seu último dia de curso. Animado sim, apesar de sair de Mauá e ir até a Lapa para tal atividade.

Como nos cinco sábados anteriores, achei que fosse pegar o trem das 7h50 e conseguir fazer as baldeações na hora certa e chegar às 9h em ponto. Confesso que tinha em mim até a disposição de testar um caminho diferente para o último dia. Costumava ir até o final da linha, descer na Luz, pegar o trem "lindo" para Francisco Morato e descer na Lapa. Naquele dia, desceria no Brás, iria de Metrô até a Barra Funda e de lá pegar o trem "mais lindo ainda" de Itapevi até a Lapa. Para quem não sabe, há duas estações Lapa, de duas linhas diferentes. Uma delas, a que seria testada, é mais perto do local do curso.

Enfim... blá blá blás a parte, o importante da história é que quando cheguei na estação, a plataforma estava cheia, o que num é nada normal e indica atraso prévio de trem. Pra completar, o trem habitual também não passou no horário previsto.

Quando ele passou, depois de 8h10, já estava bombando mais que a Faixa de Gaza. Lotado é pouco, abarrotado é pouco. Fui sumariamente empurrado para dentro, consegui me deslocar alguns passos na multidão e parei. Na estação seguinte, mais plataforma lotada e mais gente entrando. Com a movimentação de pessoas, consegui me colocar no corredor, mais cômodo. O pessoal que conseguiu entrar já entrou reclamando que num passava trem há uma hora... e aí se explica a lotação exagerada. Daí que o trem fecha as portas, mas não sai do lugar. E então, obviamente, porque eu mereço, uma mulher começa a passar mal, perto da saída na outra ponta do carro no qual eu estava.

Toca o povo quebrar trava de segurança, tentar acionar saída de emergência, socar vidro, chutar porta, gritar pra segurança. Só que algum esperto, não sei por qual raio de motivo, deslocou a alavanca da saída de emergência da porta que estava perto de mim. No fim tiraram a mulher pela outra saída e a viagem seguiu.

Mas nem tudo é lindo (e se fosse eu não estaria contando aqui). Nas cinco estações seguintes, para desespero dos que iam descer, a porta não abria. E todo mundo começou a querer mexer na tal alavanca pra ver se a porta abria. E é claro que não abria. Finalmente alguém teve a brilhante ideia de colocar o dispositivo na posição inicial. E a porta voltou a abrir. A essa altura muita gente já tinha ficado pelo caminho e muitos não tinham conseguido descer onde planejavam. Galera tava puta, vou dizer.

Quando o transporte público tira o dia pra zoar com a sua cara, ele faz isso com um talento sem igual. Vamos aplaudir o sistema de trens, minha gente!

A propósito, mesmo com toda a papagaiada e aperto no caminho, me atrasei apenas 20 minutos e conclui, no último dia, que a segunda opção de caminho para o curso era mais rápida. Vamos me aplaudir agora, pessoal!


*e com esse épico urbano retomo (pela enésima vez) as atividades do blog

domingo, 23 de agosto de 2009

Só esperança mesmo

Em noite de campanha televisiva pró-infância e juventude, me deixa ser chato mais um pouco.

Acho válido. Não quero aqui ser contra um programa tão antigo e conceituado. Só acho estranho jogarem a responsabilidade toda para o público. Público esse que já paga uma batelada de impostos, já doa moeda nos cofrinhos de supermercados e redes de fast-foods, já ajuda uma instituição de caridade, já doa um alimento pra quem pede de porta em porta.

E não que eu pense que a classe emergente, média, e os ricos, devam se eximir de ligar e contribuir só pelo fato de já ajudar de outras formas. Muito pelo contrário. Quanto mais puder colaborar pra um mundo mais justo, melhor.

Mas é que esse povo pra quem eles solicitam uma ligação de R$7, por meio de um 0500 qualquer, muitas vezes já faz o que está ao alcance, e, mesmo assim, com os apelos midiáticos, esforçam-se em ir além.

Enfim... até acho bonito arrecadar uma grana e distribuir em projetos sociais, hospitais e outras causas. O que quero é reclamar é de gente rica que sobe no palco, fala um monte de palavra bonita, pede dinheiro na TV e num faz mais.

Tem muita gente por aí que pede dos outros e não abre o próprio bolso. Não estou dizendo também que ninguém ali contribui, pois acredito que entre os "famosos" há muita gente de boa vontade, que faz lá suas contribuições. Só estou dizendo que tem gente que poderia fazer mais. Sinceramente, acho um fiasco a contribuição total em uma campanha nacional estar na casa dos R$5 milhões e um monte de gente presente ter salários que representam um quinto, ou que seja um décimo, desse total.

Me dá um grande desgosto ver, por exemplo, um jogador de futebol faturar milhões e doar os 10% pra igreja de ladrões que frequenta. Seria muito mais digno colocar todo esse dinheiro em algum projeto que invista no futuro de crianças carentes. Mas aí já é assunto pra um post futuro.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Inconveniência pouca é bobagem

Ontem estive em um velório. Era uma senhorinha, amiga da família, que já estava adoentada. Fomos lá prestar nossa solidariedade.

Entra, cumprimenta, abraça, diz uma palavra de consolo. Senta, bate-papo, dá risada dos papos non-sense de velório. Toma uma água, um café, um chá. Anda pelo cemitério, vê a paisagem, dá uma espiadinha nos outros velórios que estão rolando. Tudo normal.

Algum tempo se passou e lá estava eu, sentado em uma das cadeiras que rodeavam o caixão. O povo todo conversando. De repente entra uma mulher com uma bata preta, uma blusa de gola rulê vermelha por baixo, uma calça legging vermelha bem agarrada naquele corpo mal-diagramado, uma bota preta. O cabelo, loiro e espigado, estava meticulosamente desajustado num rabo de cavalo preso no topo do cocoruto. Um batom vermelho-boca-de-Brás e um andar desengonçado.

O bom é que ela entrou se anunciando. "Posso entrar? Tá aberto pra visitar? Posso olhar?". Eu com aquela cara de "comassim?", continuei observando. Incrível que, mesmo com uma entrada, aos meus olhos, tão triunfal, ninguém pareceu ter reparado a presença especial.

Aproximou-se, então, do caixão, olhou pra irmã da falecida e perguntou, com um tom de condolência que nem que eu treinasse por anos conseguiria obter:

- Era seu esposo?

Ao que veio a resposta, com a maior naturalidade e tranquilidade:

- Não, era minha IRMÃ.

Eu ainda não consegui decidir o que foi mais estranho: a mulher invadir o velório alheio causando, ela perguntar se A MORTA era o ESPOSO da IRMÃ, ou a tranquilidade da irmã para responder numa boa uma pergunta tão estúpida, que talvez merecesse uma resposta cretina.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Propriedade de causa é tudo

Fui a um show há alguns dias e houve um pequeno atraso. Foi coisa boba, uma horinha só...

E onde há demora, há fila formada. Ali não era diferente. Como cheguei cedo, estava logo no comecinho, acompanhando todo o processo de passagem de som, problemas de organização da fila e dificuldade de comunicação entre produção e público.

A empresária da cantora foi até bem simpática. Veio explicar para os presentes que um problema técnico com um cabo causou o atraso da passagem de som. Como isso é uma bola de neve, tudo acabou saindo fora do prazo. Tá bem, aceitável.

A certa altura, aconteceu uma pequena confusão na liberação de público pra entrada. Discussãozinha com o pessoal da produção do show vai, discussãozinha vem, e a moçoila que segurava a fita de isolamento da fila resolveu dar a sua versão do caso.

Baseada na explicação da empresária, com toda a confiança, propriedade e conhecimento técnico que ela conseguiu reunir, lançou: "Já, já, a gente libera pro público estar entrando. É que deu um poblema no cabo do fio."

Hum... Aham...



Mas ó gente, na minha humilde opinião, com um poblema dessa magnitude, teria sido mais prudente cancelar o show. Mas isso é só o que eu acho. E quem sou eu, né?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A frente do portão é minha e eu uso (ou não) como bem entender


Nada tem acontecido. Então resolvi reclamar de coisas que já viraram rotina, mas que parei pra pensar e me irritam.

A primeira que abordarei num post é o desrespeito com a frente da casa alheia. Tomo aqui como exemplo a frente da casa da minha tia. O portão dela é um foco de problemas. Ela mora em frente a uma das escolas públicas mais movimentadas da cidade.

Além desse fato, que já faria do local super movimentado em horários de entrada e saída de aula, há mais atrativos. A via é um misto de residencial e comercial. Há casas de família, escola de arte, escola de informática, clínica médica, duas lanchonetes, um escritório e uma seguradora.

O movimento constante não é o problema. O caso é o desrespeito. Quando passa dos limites, sabe?

A galerinha do mal que estuda ali e fica empacando a entrada não incomoda (apesar de a gritaria que eles fazem impedir qualquer ser humano de assistir televisão), o que incomodam são os milhares de carros parados e fazendo fila dupla no portão. Quando chego lá e preciso parar o carro, fica inconcebível.

É nesse momento que você pensa que é só ranhetice minha, que eu deveria me tratar dessa esclerose, mas espere mais um minuto. Não é só em hora de pico que as pessoas param o carro descaradamente na frente da casa dela. E é lindo de ver quando a pessoa tem a rua inteira pra estacionar, inclusive as vagas a 45° por toda a extensão da quadra, e escolhe justo o portão da casa pra desligar o carro e ir fazer sei lá o que.

Fala ae se o seu vizinho também já não parou o carro em frente à sua casa e atrapalhou a passagem, pois alguma visita já tinha parado em frente ao portão dele?

Acontece nas melhores e piores vizinhanças, mas nem por isso deixa de ser chato pelo desrespeito. Evite fazê-lo, se você dirige.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ideias Brilhantes

Ontem foi um dia de cão em certos aspectos. Foi cheio. Pra começar, acordei às 7h e tendo dormido menos de 8h, fato que sozinho já faz tudo mais difícil.

E bem nesse dia, me deparo com duas pérolas da humanidade.

A primeira delas eu encontrei no meio da tarde, lás pelas 15h, quando o Sol já está descendo e fica meio na diagonal.

Entrei numa agência bancária para realizar dois depósitos, coisa simples, digitar uns numerozinhos e enfiar dois envelopes, cada um com duas notinhas, num caixa eletrônico.

O homo sapiens responsável pela invenção desse sistema era alguém genial. Você vai lá e resolve seus problemas sozinho. Pena que a invenção não é bem aplicada na maioria das vezes: é ótimo entrar numa agência que tem três caixas desse modelo na entrada e só um está funcionando, ocasionando uma fila indesejável.

Agora deixem que eu diga qual é a ideia brilhante da cena. Os três caixas eletrônicos, com telas super modernas de toque e com esqueminha no vidro para proteger de olhos curiosos, são na entrada da agência, ao lado do vidro (vitrine) e virados para onde o Sol se põe.

Conclusão: depois do meio-dia, quando o astro-rei começa a cair, especialmente entre as 14h e as 17h, a luminosidade incide justamente nas telas, fazendo tudo praticamente desaparecer delas.

Realizei o processo todo com um esforço sobre-humano, me curvando em cima da tela pra fazer sombra, fazendo cabaninha com as mãos. Uma situação das mais ridículas. Mas consegui depositar os dinheiros, pois sou guerreiro.

Queria saber quem foi o gênio que colocou os caixas virados pro Sol ao lado de uma parede de vidro. Ninguém parou pra pensar no que aconteceria em um horário no qual tanta gente vai usá-los. Projetar e pensar pra quê? Dá muito trabalho, né?

A segunda genialidade foi no final do dia, lá pelas 19h. Estava eu no carro, prestes a subir uma ladeira caprichada aqui da cidade. Há um semáforo no topo. Assim, os carros esperam na parte baixa pra subir quando abre o sinal.

Um carro velho estava parado na minha frente, visivelmente quebrado por ter tentado subir sem sucesso. À frente dele, um carro mais novo estava parado. Minha cabeça processou a informação na mesma hora: carro velho quebrado + carro novo na frente = um vai puxar o outro. Que ideia mais batuta!

Dito e feito. Imagino que já sabem o que aconteceu, mas não custa contar. Quando o semáforo ficou verde, os carros das duas faixas começaram a subir desenfreadamente. A galera pisa fundo pra subir ali. A corda, obviamente, arrebentou. Não podia ser diferente, o cara tava justo na minha frente. Aquele era o momento certo pra ele se desprender e descer pra cima de mim. Parece de propósito.

Aí vinha vindo aquele carro de ré, cada vez mais perto, e o jumento do motorista nem pra puxar o freio de mão. Era um carro vindo descendo pra cima de mim, vários vindo de trás me empurrando com pressa de subir e outros tantos galgando os metros de subida ao lado.

Foi então que percebi porquê eles fazem psicotécnico na gente. Precisei pensar muito rápido pra não causar um desastre.

Dei uma guinada no volante, quase acertando um importado que passava no lado direito, mas habilidosamente [/modéstia] desviando entre ele e a jeringonça que ainda descia desabalada.

Enfiei a mão na buzina enquanto subia. Fiquei com dor nos braços e ganhei uma descarga de adrenalina grátis.

Que tipo de anomalia cerebral faz uma criatura pegar a corda que a filha usa pra pular na rua e amarra um carro no outro? Mais uma ideia brilhante.

Dias assim acontecem comigo e devem acontecer com todo mundo, não é possível.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Em casa, no carro ou numa casinha de sapê - Peide sozinho e seja feliz

Pra quem tem nojinho de tudo, aconselho nem ler...

Ontem, em uma conversa virtual da madrugada, surgiu um assuntinho escatológico. Comentei com um amigo que tinha soltado um peido fedido. Ele veio falar que eu sou porco, ou qualquer outra coisa do gênero...

Mas todo mundo peida, não é demérito peidar. Reações naturais do corpo. E eu estava sozinho. É irresistível soltar um quando não tem ninguém pra perceber (sozinho você evita o constrangimento do som e do cheiro no caso de ocorrerem).

Comentei por comentar. Mas aí a reação me levou a desenvolver o assunto. Por que as pessoas tem tanto bloqueio com "nojeiras"? A conversa virtual me lembrou uma conversa real com uma amiga sobre isso. Ela se mostrou tão liberta da hipocrisia quanto à nojeiras que me fez sentir como se eu não fosse o único no mundo que acha normal peidar quando se está sozinho.

Acho que o assunto não é muito comentado por acharem que é algo muito íntimo. Se pensar bem, é uma coisa que todo mundo faz, de uma forma ou de outra, mas só quando está sozinho (ou entre amigos adolescentes e suas competições de peidos e arrotos).

Outra coisa que acontece muito: não há como não parar no semáforo e não cutucar o nariz. A poluição forma cada meleca dura que eu vou te contar. Aí a vontade de enfiar o dedo no nariz e remover o incômodo torna-se diretamente proporcional ao tempo que você fica parado dentro do carro. Se o veículo circula bem, você nem percebe nada, mas é dar uma paradinha e a primeira ação é tirar caquinha com o dedo, enrolar e jogar pela janela.

Penso que, depois do banheiro, estar sozinho no carro é o melhor momento pra essas coisas todas: tirar meleca, peidar, cutucar espinha... É ou não é? O automóvel garante uma privacidade tão recomfortante...

Tantas outras seriam as nojeiras que poderiam ser citadas: falar de merda enquanto come, discutir o aspecto do vômito de um amigo bêbado, discorrer sobre formatos de cocô... Mas vou deixar no ar... Poderia ficar horas rindo disso...

sábado, 18 de abril de 2009

A refeição da madrugada


Há um grande mal em ficar a noite quase toda acordado todos os dias da semana.


Você se acomoda na sua cama, ou no seu sofá, coloca o notebook no colo, e aí ninguém segura. É papo, é fuçar em todos os seus perfis em sites de relacionamento, fazer postagens alheias, baixar música, seriados, filmes, entre outras tarefas que deveriam ser trocadas por uma leitura ou um bom filme no aparelho de DVD da sala.

Tanta vagabundagem dá fome. Ô se dá. Você jantou com a família no horário mais conveniente ao resto dos moradores da casa, tipo lá pelas 20h. Mas dizem os médicos: o ser humano deveria se alimentar a cada 4 horas, pelo menos. Fazer as refeições principais bem caprichadas, sim, mas é necessário o lanchinho nos intervalos, né?

Aí dá 1h30, madrugada a dentro, e bate aquela larica. Abre a geladeira, pega o leite ou pega o refri sem gás que sobrou do jantar (nunca um suco, afinal, gente que fica acordada nesse horário quer mais é deitar e ver a pança crescer). Captura alguns presuntos, queijos ressecados pela refrigeração, aquela maionese. A baguete que está na cozinha desde o café do dia anterior ou o pão de forma que, pelo calendário, já venceu, mas como você ainda não dormiu ainda tá valendo, tornam-se um atraente cardápio. Depois de fazer uma análise (não muito meticulosa) para saber se não tem alguma mancha verde nos alimentos, junta o que conseguiu, joga uma lata de achocolatado no copo de leite e pronto, está aí uma legítima refeição da madrugada.

Em certas ocasiões, o menu pode ganhar alguns complementos, como a abobrinha refogada que sobrou do almoço, na qual você joga farinha, ou o miojo com o resto do frango do jantar. A ordem é não desperdiçar.

Depois disso, é voltar ao computador, não gastar quase nenhuma caloria e rezar para que o sistema digestivo consiga processar tanta informação depois que você for dormir.

Eu deveria parar com esses hábitos noturnos. Isso ainda vai me matar. Tudo bem... no fim, eu morro gordo, e morro feliz.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mais do que um mero telespectador


Tenho um sério distúbio psicológico: eu me apego a reality shows. De todo tipo. Desde aquele que prendem uma porção de gente numa casa, até aqueles de escolher o melhor cantor, passando por um que me emociona invariavelmente: aquele americano que eles derrubam a casa de uma família em estado de desgraça profunda e constróem uma mansão no lugar.

Hoje, dia da final de um dos programas de TV que mais mexem com a minha rotina, resolvi desabafar sobre tal problema.

Só pra citar um exemplo, vou falar do que acontece quando assisto à tal casa mais vigiada do país. Os sintomas são bastante claros. Semanas antes de tudo começar, eu já me pego acessando sites de fofoca, blogs especializados, comunidades virtuais e assistindo a programas vespertinos de gosto extremamente duvidoso. Tudo em busca de informações em primeira mão. Quando o reality entra no ar, aí as coisas descambam de vez. Meses dando F5 nas páginas citadas, votando no site da atração e reclamando.

Só não digo que é caso de internação, pois não deixo que um programa de televisão prejudique minha "agitadíssima" vida social. Se bem que hoje, dia da final, entre 22h e 0h, não teria saído de casa nem por decreto do rei de Passárgada, meu amigo.

O mais engraçado é eu ficar com raiva do diretor, chingando a família dele, botando a mãe no meio. Ladrão, manipulador, cara-de-pau, só pra citar os bem leves.

Uma coisa eu já percebi. Não me apego tanto ao programa em si. Me apego às pessoas que dele participam. Me apego à rotina que ele me proporciona. É legal, gera assunto. Principalmente quando você descobre quais pessoas do seu convívio também são viciadas. Passatempo divertido. Não sei bem explicar. O caso é que se apegar carrega outro problema.

Você começa a torcer fervorosamente, fazer campanha, se engajar na causa. Quando vê, já tá dando pulinhos no sofá e risadas nervosas psicopáticas.

Sabe o que é pior? Sempre termina do mesmo jeito. Nunca ganha a pessoa pra qual estive torcendo. Hoje isso quase não aconteceu. Mas 0,24% dos votos separaram esse que vos escreve de um momento pequeno de satisfação.

E por que, então, eu continuo assistindo isso tudo? Porque eu sou besta, Brasil. É muita emoção, Brasil!

*Post dedicado à Pri, que não ganhou o BBB, mas me ganhou pra torcida.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Não tem jantar? Dá-se um jeito

Ontem fui de bicão num casamento. O irmão de uma amiga foi o padrinho e sobrou um convite da família dele. Já entenderam como tudo aconteceu, né?


Ser bicão não é o tema do post. Depois de rir durante toda a cerimônia, sentir uma fome sem fim ao sentir o cheiro de pipoca que invadia a igreja na hora do "sim"e comer a pipoca na saída, seguimos para a festa. A festa, essa sim, é o motivo para eu escrever. Mais precisamente, o tema é a refeição.

Chegando lá, cumprimentei os noivos e desejei felicidades como se os conhecesse há dezenas de anos e logo depois começou a comilança.

Era bolinha de queijo, de carne seca, coxinha, esfiha, kibinho e todos aqueles salgadinhos irresistíveis de festa, que não acabava mais.

Quando já tínhamos experimentado uma gama bem variada de petiscos, bateu uma dúvida e minha amiga me perguntou: "Será que vai ter jantar? Porque aí a gente num se entope de salgadinho pra poder comer o jantar... Outro dia fui num casamento que serviram um monte de salgado e no final teve mesa de massas. Eu quase não comi..."

A partir daí, minha mente só me dizia "mesa de massas, mesa de massas, mesa de massas".


Foi então que eu falei: "Nem sei se vai ter, vamos perguntar para a próxima pessoa do buffet que passar?"

E ela: "Pergunta, ué."

Encorajado assim, não hesitei. Passou uma garçonete com uma bandeja, nos ofereceu, e eu perguntei: "Vai ter jantar? Mais tarde?"

A garçonete disseu que não... aí meti a mão na bandeja, peguei duas bolinhas de queijo, virei pra minha companhia e disse: "Então eu vou me entupir de salgadinho!"

A garçonete riu, virou as costas e partiu, provavelmente pensando que eu sou um esfomeado que esteve preso numa ilha durante 100 dias. Minha amiga morreu de vergonha e chorou de rir.

Quando fui contar a história, recebi o adjetivo mais adequado ao meu estilo de ser em festas: esganado.

E eu lá sou homem de ir em festa pra fazer desfeita? Me chamou, é porque quer que eu coma e depois fale bem da festa, que estava tudo muito bem servido.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Meu nome não é grego


- Mas eu posso anotar o recado e pedir pra te ligarem depois, pode ser? - escutei em meio ao chiado do outro lado da linha.

- Claro! Eu agradeço.

- Como é seu nome?

- É Elmo. - tentando ser o mais claro possível.

- Como?

- Eellmmoo... - falando devagar pra ver se entende.

- Elton?

- Não, El-mo. - já tentando separar as sílabas

- Elvis? - é... e eu não morri...

- Não, não. É Elmo, com eme. E-L-M-O. - com soletração no final.

- Ene? De navio?

- Não. Eme de macaco. - com vontade de dizer "eme de MEODEOS, que pessoa lenta"

- Ah! Sim. Elmo.

- Qual era o recado que eu ia deixar mesmo?

- Hum... não me lembro...

- Então deixa pra lá, se eu lembrar eu retorno.

- Tá ok, então, sr. Elbo.

tu tu tu

É isso que dá ter um nome diferente do trivial João e José. Mas graças ao ótimo senso dos meus pais, meu nome é curto e, para mim, bonito. Ter dáblios, ípsilones e milhares de letras dobradas deve ser ainda pior. Mas o que me irrita é a falta de atenção das pessoas.

Uma vez, por um acaso da vida, quando eu era criança, fui pedir um autógrafo para uma loira do showbiz* em um evento num shopping aqui da região.

No meio da multidão, ela perguntou: "Qual o seu nome, lindo?" (o lindo foi por minha conta, mas me deixa, porque a história é minha e eu coloco caco onde eu quiser)

"É Elmo", respondi, pobre e inocente.

Aí ficou naquele joguinho de adivinhação "Elvis", "Hélio", "Elson"... Até que eu perdi a paciência e soletrei alto: "E - L - M - O, com eme de machado".

Ela fez uma cara de compreensão súbita, como se todas as coisas do universo fizessem sentido e exclamou: "Ah...!"

Ela assinou e me entregou o cartão postal com uma foto dela. Fui ler. Me deparei com um "Elba, um beijo enorme".

Elba? ELBA?... é o caralho de rodinhas mesmo. Tanto trabalho por tão pouca bosta e ela ainda me erra o nome soletrado cuidadosamente.

Peço a todos, encarecidamente, que prestem bastante atenção pra entender nomes difíceis em poucas tentativas. Um "o quê?" é normal, dois "como é?" são de bom tamanho, mas três "repete, por favor", já é demais.

*showbiz: leia-se rebola, mostra a bunda, "canta" e "dança"

sexta-feira, 13 de março de 2009

Esse tal desemprego ainda me mata (de tédio)

É muito difícil estar sem emprego. E não é só pela falta de dinheiro, que é a razão mais óbvia para não gostar de ser desocupado. Algumas outras coisas também me deixam puto.

Um dos grandes problemas é eu ter me acostumado ao tédio. Tento me convencer diariamente de que cansei de não fazer nada, cansei de descansar. Mas isso não é propriamente a maior verdade da história da humanidade.

Degladio-me entre estar na ativa, fazendo refeições em horários corretos, me movimentando por aí no transporte público, produzindo alguma coisa, faturar um pouco, e continuar assim, o dia todo na internet, assistindo programações aleatórias na TV e ouvindo músicas sem prestar muita atenção.

A situação tá chegando ao ponto de eu procurar emprego com medo de achar. Mas o medo direciona-se a achar algo e não gostar. Eu quero trabalhar, mas para ganhar bem e atuar em algo divertido. É pedir demais?

E sabe o que é mais legal do meu desemprego? É ele nem ser considerado oficialmente desemprego. Eu estou boiando no purgatório profissional. Não sou mais estudante, não sou mais estagiário e nem posso mais ser. Por ter sido estagiário, muitas empresas não consideram que eu tenha experiência profissional (e mal sabem que eu trabalhava muito mais e muito melhor do que vários funcionários efetivos da empresa). Nunca tive carteira assinada, e a lei diz que só está desempregado quem já teve emprego um dia. Portanto, não sou empregado, mas tampouco sou desempregado.

Galera, eu nem sei quem sou.

E eu bem podia aproveitar esse tempo livre para trabalhar em meus projetos pessoais, mas nem isso estou motivado a fazer.

Alguém conhece alguma motivação boa pra eu usar? Tô precisando.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Protesto contra o calor


Estou exausto. E não fiz nada o dia todo. Esse é o efeito que esse calor todo me provoca.

De onde vem tanto calor? A Terra deve estar pegando fogo e eu não reparei. Nero deve ter feito alguma estripulia na atmosfera. Não há meteorologista que consiga me dar razões plausíveis para tal nível de quentura.

Fico pingando suor pelos cantos da casa. Tomo banho e reparo o suor se formando na testa enquanto lavo o resto do corpo. É absurdo.

O ventilador no teto do quarto não resolve muito. Os litros de Coca-cola, chá gelado, sorvete e afins consumidos não ajudam.

Mal consigo me concentrar para falar mal desse calorão. Escrever se torna uma tarefa complicada quando dividida com me abanar e secar o suor da testa.

As pessoas todas ao meu redor ficam reclamonas, criticando o clima. Nem o Sol agüenta mais e está pensando em se mudar para um país um pouco menos tropical.

Por favor, alguém tome alguma providência para diminuir a temperatura?

Ah! E não me venham com frios árticos também. Que venha o meio-termo. Porque se vier frio demais, aí virá junto um outro post chato para reclamar de temperatura.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ópera da desgraça alheia - 4º ato: O sono da manhã


Você que está sem muitas ocupações na vida, fica vendo TV, comendo e usando a internet até às 4h da manhã, tem como objetivo dormir até, pelo menos meio-dia. Certo?

Em um mundo perfeito, a situação se concretizaria. Mas nesse mundo de gente sem semancol, não.

Ser acordado por um som de passos na escada não cé estranho, pois deve ser a família saindo para trabalhar. Volte a dormir.

Ao tentar voltar aos sonhos, no entanto, o som persiste. Por um instante, passa pela cabeça que tem algum meliante em casa, tentando subir as escadas para te assassinar. Mas por que um bandido ficaria tanto tempo subindo uma escada de apenas 14 degraus? Estaria ele subindo e descendo sem parar?

Toc, toc, toc. Deve ser delírio do sono. Volte a dormir, pede o corpo. Vé ver o que é, diz o miolo-mole.

Toc. Bate o pé no degrau. Toc. Mais um passo. Puta que pariu. Levanta da cama, esfrega o olho e vai até o corredor. Não são passos, óbvio. O som vem de fora. Pam, pam, pam.

Olha o relógio: 8h39. Quem caralhos resolveu quebrar uma parede às 8h39 da madrugada?

Olha pelas janelas, na esperança de ver alguém com uma marreta na mão para poder xingar. Ninguém à vista, infelizmente (ou felizmente).

"Ele só está trabalhando...", diria o bom senso de quem pode acordar a hora que quer. Mas quem disse que tenho bom senso?

Uma vez ouvi dizer que as pessoas só podem começar a fazer barulhos altos na rua a partir das 9h. Não sei se é verdade, mas fiquei com isso na cabeça. E, particularmente acho um horário justo.

Ao voltar pra cama, com um travesseiro cobrindo a orelha, o pensamento foi "se quando eu acordar de novo não houver um muro a menos na rua toda, faço questão de demolir a rua toda com uma granada..."

Bons sonhos!



Leia também:
Ópera da desgraça alheia: 1º ato - "A 3 por 4 da discórdia"
Ópera da desgraça alheia: 2º ato - O Casamento
Ópera da desgraça alheia: 3º ato - Controle de som

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Retratos de um sábado comum

Querido blog,

Hoje eu acordei meio-dia, sem interrupções. Dormi 8h30 consecutivas. Liguei pra minha prima para combinar o horário de levá-la pra fazer vestibular. Aí 12h40 fui pra casa dela. Saímos de lá 13h10, achando que num ia dar tempo de chegar 13h30 no local da prova, mas eu sou piloto de fuga e chegamos 13h35 mesmo nos perdendo no meio do centro confuso de Santo André.

Voltei pra casa, peguei o meu irmão e almoçamos no Shopping. Comi um n° 3 com batata e Coca grandes. Aí voltei pra casa, fiz uma horinha e a minha prima me ligou. Fui buscá-la. O calor tava de matar e ela queria beber alguma coisa. Passamos no Mc pra ela tomar um refri. Comi uma casquinha e ela comeu nuggets (eu comi dois também, porque é foda deixar os outros comerem sozinhos).

Aí fui na empresa do meu pai pra ela usar a internet. Aí minha mãe ligou e disse que era pra levá-la no bingo com minha tia. Aí a minha prima me chamou pra ir na praia comer peixe com os amigos dela e voltar de madrugada. Finalmente uma proposta diferente para um sábado. Eu topei. Levei minha mãe e minha tia em Santo André e vim em casa usar um pouco a internet.

Aí, provavelmente por eu ter topado ir à praia, começou a chover muito e eu liguei pra minha prima pra ver se ia mesmo com chuva, ela disse que ia ver. Aí minha mãe ligou pedindo pra buscá-las em Santo André. Saí de casa e peguei um trânsito do caralho até o meio do caminho. Aí eu fiquei puto, mas nem tanto, tava ouvindo música, numa boa. Aí depois de 40 minutos, completei um caminho que faço em 15 ou menos. Aí minha mãe resolveu ganhar um bingo bem na hora que cheguei e tinha que esperar receber.

Eu parado no lugar que não pode, estragando todo o trânsito em frente ao bingo, o álcool do carro acabando, o vidro embaçando e eu não podia desligar o carro pra caso precisasse sair. Aí sim eu fiquei muito puto. Quase 10 minutos esperando ela sair.

Aí eu tava puto e minha mãe me deu 50 reais do prêmio pra eu não ficar nervoso. Aí me senti um taxista e fiz beicinho. Mas esqueci os "pobrema de nelvo" rapidinho. Gostei da bonificação. Aí a minha prima ligou e disse que não iam mais, mas que iam na MORADA DO VINHO (o tipo de lugar que eu não frequento) e perguntou se eu não queria ir.

Olha bem minha cara de quem queria ir na Morada do Vinho já de saco cheio como eu tava >>>>

Aí cheguei em casa, troquei de calça e fui na casa da vizinha de frente, pois era festa de aniversário dela. Uma gritaria infernal, criança pra todo lado correndo, gente bêbada falando alto e repetindo história e piada. E eu querendo assistir o BBB na sala. Aí comi lanchinho, esfiha, bauruzinho, tomei Coca, cantei parabéns, comi bolo e pra mim já deu.

As opções eram: assistir Zorra Total no meio da zorra total da festa ou vir pra casa ficar no meu canto de saco cheio.

Voltei pra casa e aqui estou.

Eu reclamo, mas tô feliz!



Agora vamos brincar, pessoal:

1. Quantas vezes o Elmo escreveu "aí" no texto?

2. Quantos km o Elmo rodou de carro hoje?

3. Quantas calorias o Elmo ingeriu hoje?

E a pergunta mais importante:

4. Por que o Zorra Total ainda está no ar?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Uma revolta televisiva rápida

Tenho sérios problemas com apresentadores que fazem perguntas estúpidas para os convidados. Mas às vezes passa do limite racional. Em pleno domingo chuvoso, em casa, tentando uma distração via internet + TV, tudo ao mesmo tempo, acabei parando num desses programecos da tarde.

O quadro era sobre dicas que facilitam o dia a dia em casa. Como tirar uma mancha, como fazer torrões de açúcar, como fazer um bolo sem farinha, coisas do gênero.

Aí a mulher coloca restos de sabão em barra, água, vinagre e açúcar numa panela pra ensinar a fazer PASTA de sabão pra lavar panelas. Ela diz pra levar ao fogo. E a apresentadora pergunta: "o que vai acontecer quando aquecer?"

AIMEODEOS EU NÃO OUVI ESSA PERGUNTA!

E o pior foi a mulher responder: "vai derreter", como se não fosse óbvio...

Eu certamente teria sido mais criativo na resposta. Tipo: "Loirinha, QUERIIIDA, vai crescer, ficar fofinho, você cobre com alfafa e come, sua mula!"

Ah! Parei...