sexta-feira, 24 de abril de 2009

Em casa, no carro ou numa casinha de sapê - Peide sozinho e seja feliz

Pra quem tem nojinho de tudo, aconselho nem ler...

Ontem, em uma conversa virtual da madrugada, surgiu um assuntinho escatológico. Comentei com um amigo que tinha soltado um peido fedido. Ele veio falar que eu sou porco, ou qualquer outra coisa do gênero...

Mas todo mundo peida, não é demérito peidar. Reações naturais do corpo. E eu estava sozinho. É irresistível soltar um quando não tem ninguém pra perceber (sozinho você evita o constrangimento do som e do cheiro no caso de ocorrerem).

Comentei por comentar. Mas aí a reação me levou a desenvolver o assunto. Por que as pessoas tem tanto bloqueio com "nojeiras"? A conversa virtual me lembrou uma conversa real com uma amiga sobre isso. Ela se mostrou tão liberta da hipocrisia quanto à nojeiras que me fez sentir como se eu não fosse o único no mundo que acha normal peidar quando se está sozinho.

Acho que o assunto não é muito comentado por acharem que é algo muito íntimo. Se pensar bem, é uma coisa que todo mundo faz, de uma forma ou de outra, mas só quando está sozinho (ou entre amigos adolescentes e suas competições de peidos e arrotos).

Outra coisa que acontece muito: não há como não parar no semáforo e não cutucar o nariz. A poluição forma cada meleca dura que eu vou te contar. Aí a vontade de enfiar o dedo no nariz e remover o incômodo torna-se diretamente proporcional ao tempo que você fica parado dentro do carro. Se o veículo circula bem, você nem percebe nada, mas é dar uma paradinha e a primeira ação é tirar caquinha com o dedo, enrolar e jogar pela janela.

Penso que, depois do banheiro, estar sozinho no carro é o melhor momento pra essas coisas todas: tirar meleca, peidar, cutucar espinha... É ou não é? O automóvel garante uma privacidade tão recomfortante...

Tantas outras seriam as nojeiras que poderiam ser citadas: falar de merda enquanto come, discutir o aspecto do vômito de um amigo bêbado, discorrer sobre formatos de cocô... Mas vou deixar no ar... Poderia ficar horas rindo disso...

sábado, 18 de abril de 2009

A refeição da madrugada


Há um grande mal em ficar a noite quase toda acordado todos os dias da semana.


Você se acomoda na sua cama, ou no seu sofá, coloca o notebook no colo, e aí ninguém segura. É papo, é fuçar em todos os seus perfis em sites de relacionamento, fazer postagens alheias, baixar música, seriados, filmes, entre outras tarefas que deveriam ser trocadas por uma leitura ou um bom filme no aparelho de DVD da sala.

Tanta vagabundagem dá fome. Ô se dá. Você jantou com a família no horário mais conveniente ao resto dos moradores da casa, tipo lá pelas 20h. Mas dizem os médicos: o ser humano deveria se alimentar a cada 4 horas, pelo menos. Fazer as refeições principais bem caprichadas, sim, mas é necessário o lanchinho nos intervalos, né?

Aí dá 1h30, madrugada a dentro, e bate aquela larica. Abre a geladeira, pega o leite ou pega o refri sem gás que sobrou do jantar (nunca um suco, afinal, gente que fica acordada nesse horário quer mais é deitar e ver a pança crescer). Captura alguns presuntos, queijos ressecados pela refrigeração, aquela maionese. A baguete que está na cozinha desde o café do dia anterior ou o pão de forma que, pelo calendário, já venceu, mas como você ainda não dormiu ainda tá valendo, tornam-se um atraente cardápio. Depois de fazer uma análise (não muito meticulosa) para saber se não tem alguma mancha verde nos alimentos, junta o que conseguiu, joga uma lata de achocolatado no copo de leite e pronto, está aí uma legítima refeição da madrugada.

Em certas ocasiões, o menu pode ganhar alguns complementos, como a abobrinha refogada que sobrou do almoço, na qual você joga farinha, ou o miojo com o resto do frango do jantar. A ordem é não desperdiçar.

Depois disso, é voltar ao computador, não gastar quase nenhuma caloria e rezar para que o sistema digestivo consiga processar tanta informação depois que você for dormir.

Eu deveria parar com esses hábitos noturnos. Isso ainda vai me matar. Tudo bem... no fim, eu morro gordo, e morro feliz.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mais do que um mero telespectador


Tenho um sério distúbio psicológico: eu me apego a reality shows. De todo tipo. Desde aquele que prendem uma porção de gente numa casa, até aqueles de escolher o melhor cantor, passando por um que me emociona invariavelmente: aquele americano que eles derrubam a casa de uma família em estado de desgraça profunda e constróem uma mansão no lugar.

Hoje, dia da final de um dos programas de TV que mais mexem com a minha rotina, resolvi desabafar sobre tal problema.

Só pra citar um exemplo, vou falar do que acontece quando assisto à tal casa mais vigiada do país. Os sintomas são bastante claros. Semanas antes de tudo começar, eu já me pego acessando sites de fofoca, blogs especializados, comunidades virtuais e assistindo a programas vespertinos de gosto extremamente duvidoso. Tudo em busca de informações em primeira mão. Quando o reality entra no ar, aí as coisas descambam de vez. Meses dando F5 nas páginas citadas, votando no site da atração e reclamando.

Só não digo que é caso de internação, pois não deixo que um programa de televisão prejudique minha "agitadíssima" vida social. Se bem que hoje, dia da final, entre 22h e 0h, não teria saído de casa nem por decreto do rei de Passárgada, meu amigo.

O mais engraçado é eu ficar com raiva do diretor, chingando a família dele, botando a mãe no meio. Ladrão, manipulador, cara-de-pau, só pra citar os bem leves.

Uma coisa eu já percebi. Não me apego tanto ao programa em si. Me apego às pessoas que dele participam. Me apego à rotina que ele me proporciona. É legal, gera assunto. Principalmente quando você descobre quais pessoas do seu convívio também são viciadas. Passatempo divertido. Não sei bem explicar. O caso é que se apegar carrega outro problema.

Você começa a torcer fervorosamente, fazer campanha, se engajar na causa. Quando vê, já tá dando pulinhos no sofá e risadas nervosas psicopáticas.

Sabe o que é pior? Sempre termina do mesmo jeito. Nunca ganha a pessoa pra qual estive torcendo. Hoje isso quase não aconteceu. Mas 0,24% dos votos separaram esse que vos escreve de um momento pequeno de satisfação.

E por que, então, eu continuo assistindo isso tudo? Porque eu sou besta, Brasil. É muita emoção, Brasil!

*Post dedicado à Pri, que não ganhou o BBB, mas me ganhou pra torcida.