quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Santa Educação, rogai por nós!

Não, não estou falando de uma nova santa brasileira na fila para ser apresentada pelo Papa em sua jornada ao Brasil. Até porque se fosse santa brasileira poderia ter qualquer nome, menos educação, e não estou falando em educação no sentido de ir à escola, estou falando de boas maneiras, de polidez no tratamento com as pessoas.

Repórter/estudante sofre. Sem querer ser ingrato, mas já sendo, como diria Johnson Aires, o filósofo que tem um programa na Globo, hoje eu me deparei com uma figura das mais assustadores para alguém que pretende ganhar a vida entrevistando pessoas por ser curioso em demasia.

Adivinhem, era político. Surpresos? Espero que não, pois assim saberei que ainda existe senso de simancol no povo brasileiro, ou numa pequena parcela dele.

Obviamente existem exceções que confirmam a regra, mas não estou aqui para falar bem...

O cara, além de me atender com atraso - logo eu, que durmo tarde tarde da noite e acordei lá pelas sete e meia da madrugada para falar com o indivíduo -, me tratou com a maior má vontade. Se bem que dizem que o cara é assim mesmo, naturalmente. Ah! faça-me o favor, vá catar coquinho. Se é pra receber a "imprensa" com um mal-humor guenzo de meia-tigela, é melhor ficar trancado assinando papel.

Ele falou baixo, como se estivesse sussurrando no ouvido da Scheila e como se a sala estivesse vazia, o que não ocorrera. O tiuzo me recebeu com uma festa privé rolando na sala. Uns quatro machos falando bem alto, estragando todo o som da entrevista. Dá pra ouvir mais a conversa de um deles ao celular do que o dito entrevistado. Conclusão: usei só o que foi gravado durante curtissimos espaços de pseudo-silêncio.

Só pra encerrar, quero comparar a situação descrita acima com a que ocorreu logo a seguir. Depois de sair um pouco meio frustrado da entrevista, visitei um comerciante (camelô) para a mesma matéria. E agora? Conseguem adivinhar o que aconteceu?

O "Passarinho", apelido do senhor que me concedeu a entrevista subsequente, foi super simpático e prestativo, mas ficou com um pouco de receio de revelar seu verdadeiro nome para a "imprensa" novamente, pois já fora sacaneado por uma criatura que se auto-denomina jornalista. É esse tipo de gente que estraga a imagem de toda uma categoria. Infelizmente acontece.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Carne da Val?

O carnaval já está quase no fim, ou melhor, já está no fim, e muito em brve o ano começa de verdade no país. Como diria o filósofo: "difícil agora é aguentar o intervalo entre o carnaval e o natal...".


Mas não estou aqui para falar muito do carnaval em si. Estou aqui para falar mal, certo? Então comecemos.


A cobertura desse ano se resume em uma palavra: porca. O serviço foi mal feito.


A Band e sua transmissão do carnaval da Bahia foi o de costume: gente bonita no comando, entre elas a band-novata Renata Fan e a exceção chamada Betinho, o patinho feio do Band Folia. Apesar de tudo, não me convenceu, pois a transmissão dos circuitos dos trios torna-se repetitiva. Deve ser realmente um espetáculo da natureza estar no tal lugar nessa data cabalística brasileira, mas curtindo um trio por vez e não a enxurrada mostrada na TV, até porque as músicas tocam e "re-tocam" diversas vezes. Daniela Mercury canta suas músicas, canta as da Margarete Menezes, cantas as do Asa de Águia, as do Jamil, as do Caetano e as do Gil, entre outras. Eis que entra Margarete cantando seu próprio repertório e o repertório alheio. Bom, acho que deu pra entender. Todos cantam todos e não é difícil eles se trombarem pelos trios e cantarem juntos tudo outra vez. "We are Carnaval, We are folia, We are the world of Carnaval, We are Bahia..." We are uma entidade cultural... Resumindo: "Eu não tô na Band!", apenas zapeadas rápidas e já tá de bom tamanho.


Agora fantástico mesmo é a Globo. Não sei o que aconteceu, mas tava ruim de sair a cobertura. Respeito muito o Chico Pinheiro, mas ele e sua turma de transmissão não conseguiram fazer tudo esse ano. Coitados, é muita coisa. Fora isso, deveriam estar com sono.


Já foi melhor. Erros perspassaram o Carnaval na TV plim-plim. Só para citar: Luciana Guimenez? quem é essa?, trocaram e insistiram na troca do nome da apresentadora Janaína Barbosa com a outra mulher à frente da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, fora os foras com nomes, ou melhor, falta de nomes. Várias celebridades não foram creditadas. Algumas: Ailton Graça, Frank Aguiar, Bam-Bam (sinceramente, esse foi melhor não terem creditado, mas veja lá, ele foi o vencedor do BBB1, prata da casa...), Nelson Freitas e outros do Zorra Total. São os que me vieram à cabeça agora.


Fora o mal-humor de Maurício Kubrusly (não sei se é assim que se escreve e não vou recorrer ao google para confirmar). E as patadas de Leci que insistia que já tinha respondido as perguntas feitas pelos internautas. Bom, isso da Leci eu não vi, mas me contaram e eu acreditei.


Mas o mais engraçado foi o vácuo do Fábio Turci, coitado. O repórter foi convocado e entrevistaria Ellen Roche (ou Rocha, como diz Faustão) na concentração do sambódromo, mas demorou tanto para fazer a pergunta que quando a moça foi responder, alguém da escola Rosas de Ouro a puxou dizendo que o desfile começaria... No comments.


Só para constar. A RedeTV! voltou com sua cobertura humilde de bastidores por não possuir direitos de transmissão de nada. Léo Aquila de mulher - quando pseudo candidato ele não disse que iria parar de se travestir? - destilava palavras de inocência no Carnaval. Mostrando closes de bundas caídas e entrevistas com astros do segundo escalão. Esse é o ponto alto da cobertura da TV aberta caçulinha brasileira. Se esse é o ponto alto, imagina o resto. Destaque também para Nélio Junior, acho que é esse o nome, tentando fazer sensacionalismo na concentração por conta de um folião desregulado que queria entrar depois que o desfile começara e sua ala passara. Pena que não rolou Pânico esse ano. E a RedeTV! perdeu a chance.


E agora vamos aguardar as fortes emoções que estão por vir em 2007.