Aproveitando Finados: os mortos devem permanecer mortos
Dizeres de um cemitério: para quê existe muro aqui se quem está fora não quer entrar e quem está dentro não pode sair?
Um questionamento para justificar a minha indignação com os zumbis televisivos. Deveriam colocar cerca elétrica no cemitério da TV brasileira, pois ontem, na madrugada de Halloween, tive um encontro com um programa morto-vivo.
Doido para dormir, burramente liguei a televisão, na esperança de que o som e a luz fraca de um filme noturno soturno me embalasse. Quem dera.
Ao mudar de canal, reconheci uma vinheta que me retrocedeu aos meus tempos de infância. Dois apresentadores meio perdidos (talvez sonolentos), revezavam-se em frente às câmeras, convocando algumas meninas de biquini a ajudar na execução de brincadeiras a fim de dar (tomar) dinheiro do telespectador. Reconhece?
Foi-se o tempo em que eu acreditava na inocência do "ligue e participe", "é grátis e o cadastro é fácil e rápido". Pro boi dormir, só se for. Com as ligações recebidas, a emissora acumula dinheiro suficiente de interurbanos para pagar tantos prêmios quanto forem necessários e ainda sobra para pagar os salários dos envolvidos.
Nota: as brincadeiras eram obviamente um pretexto, fáceis ao ponto de um jumento responder corretamente, ridículas. Se o tardar do horário de exibição, se falta de prestar atenção, não sei explicar como as pessoas conseguiam errar. Exemplo: cinco bolinhas na tela, sendo que elas podiam ser vermelhas ou amarelas. O objetivo era acertar a seqüência. O ligador dava o primeiro palpite, os apresentadores diziam o que estava errado, e havia uma segunda chance. Bastava corrigir o que não estava certo. Pois há quem erre. Acredite! Ou veja com os próprios olhos, basta zapear de madrugada. E é daí pra pior no quesito brincadeiras. A tendência é sempre piorar.
Mas o que mais me causou espanto foi eu não conseguir dormir prestando atenção e me lamentando a todo momento: "eu tenho que dormir, preciso desligar isso", e rindo de desgosto, por me manter atento por tanto tempo em algo tão idiotizante. Pelo menos uma hora inteira em frente à TV, mas consegui me libertar. Deve ter mensagem subliminar, para mesmerizar quem assiste. Sou capaz de chorar só de lembrar da noite mal dormida por culpa do tal programa que retornou da tumba...
Um questionamento para justificar a minha indignação com os zumbis televisivos. Deveriam colocar cerca elétrica no cemitério da TV brasileira, pois ontem, na madrugada de Halloween, tive um encontro com um programa morto-vivo.
Doido para dormir, burramente liguei a televisão, na esperança de que o som e a luz fraca de um filme noturno soturno me embalasse. Quem dera.
Ao mudar de canal, reconheci uma vinheta que me retrocedeu aos meus tempos de infância. Dois apresentadores meio perdidos (talvez sonolentos), revezavam-se em frente às câmeras, convocando algumas meninas de biquini a ajudar na execução de brincadeiras a fim de dar (tomar) dinheiro do telespectador. Reconhece?
Foi-se o tempo em que eu acreditava na inocência do "ligue e participe", "é grátis e o cadastro é fácil e rápido". Pro boi dormir, só se for. Com as ligações recebidas, a emissora acumula dinheiro suficiente de interurbanos para pagar tantos prêmios quanto forem necessários e ainda sobra para pagar os salários dos envolvidos.
Nota: as brincadeiras eram obviamente um pretexto, fáceis ao ponto de um jumento responder corretamente, ridículas. Se o tardar do horário de exibição, se falta de prestar atenção, não sei explicar como as pessoas conseguiam errar. Exemplo: cinco bolinhas na tela, sendo que elas podiam ser vermelhas ou amarelas. O objetivo era acertar a seqüência. O ligador dava o primeiro palpite, os apresentadores diziam o que estava errado, e havia uma segunda chance. Bastava corrigir o que não estava certo. Pois há quem erre. Acredite! Ou veja com os próprios olhos, basta zapear de madrugada. E é daí pra pior no quesito brincadeiras. A tendência é sempre piorar.
Mas o que mais me causou espanto foi eu não conseguir dormir prestando atenção e me lamentando a todo momento: "eu tenho que dormir, preciso desligar isso", e rindo de desgosto, por me manter atento por tanto tempo em algo tão idiotizante. Pelo menos uma hora inteira em frente à TV, mas consegui me libertar. Deve ter mensagem subliminar, para mesmerizar quem assiste. Sou capaz de chorar só de lembrar da noite mal dormida por culpa do tal programa que retornou da tumba...