quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Aproveitando Finados: os mortos devem permanecer mortos

Dizeres de um cemitério: para quê existe muro aqui se quem está fora não quer entrar e quem está dentro não pode sair?

Um questionamento para justificar a minha indignação com os zumbis televisivos. Deveriam colocar cerca elétrica no cemitério da TV brasileira, pois ontem, na madrugada de Halloween, tive um encontro com um programa morto-vivo.

Doido para dormir, burramente liguei a televisão, na esperança de que o som e a luz fraca de um filme noturno soturno me embalasse. Quem dera.

Ao mudar de canal, reconheci uma vinheta que me retrocedeu aos meus tempos de infância. Dois apresentadores meio perdidos (talvez sonolentos), revezavam-se em frente às câmeras, convocando algumas meninas de biquini a ajudar na execução de brincadeiras a fim de dar (tomar) dinheiro do telespectador. Reconhece?

Foi-se o tempo em que eu acreditava na inocência do "ligue e participe", "é grátis e o cadastro é fácil e rápido". Pro boi dormir, só se for. Com as ligações recebidas, a emissora acumula dinheiro suficiente de interurbanos para pagar tantos prêmios quanto forem necessários e ainda sobra para pagar os salários dos envolvidos.

Nota: as brincadeiras eram obviamente um pretexto, fáceis ao ponto de um jumento responder corretamente, ridículas. Se o tardar do horário de exibição, se falta de prestar atenção, não sei explicar como as pessoas conseguiam errar. Exemplo: cinco bolinhas na tela, sendo que elas podiam ser vermelhas ou amarelas. O objetivo era acertar a seqüência. O ligador dava o primeiro palpite, os apresentadores diziam o que estava errado, e havia uma segunda chance. Bastava corrigir o que não estava certo. Pois há quem erre. Acredite! Ou veja com os próprios olhos, basta zapear de madrugada. E é daí pra pior no quesito brincadeiras. A tendência é sempre piorar.

Mas o que mais me causou espanto foi eu não conseguir dormir prestando atenção e me lamentando a todo momento: "eu tenho que dormir, preciso desligar isso", e rindo de desgosto, por me manter atento por tanto tempo em algo tão idiotizante. Pelo menos uma hora inteira em frente à TV, mas consegui me libertar. Deve ter mensagem subliminar, para mesmerizar quem assiste. Sou capaz de chorar só de lembrar da noite mal dormida por culpa do tal programa que retornou da tumba...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Mais um dia comum. Quero sumir.

Cena esquisita é quando um cidadão coloca a mão no bolso de trás de uma calça jeans velha, daquelas que cobrem até o meio do peito, e tira um pente.

Cena grotesca é quando o sujeito usa um daqueles pentes de colocar na mão, como uma luva, e penteia um cabelo que nem se pode chamar de cabelo penteável, pois é raspado quase no talo.

Aberração da humanidade é o mesmo camarada ter a unha do dedo mindinho comprida pra coçar o ouvido.

Tudo isso de uma só vez, em uma passarela da cidade. Credo, eu mereço morar em outro planeta.

domingo, 7 de outubro de 2007

Exercício de compras - parte 1

Acabei de acabar de ler um livro. Que legal. Estou alguns milésimos de qualquer coisa mais inteligente!

Grande.

Tic tac

Tic tac

Tic tac

O que fazer agora? Ler um novo livro? Ótima idéia, é o que eu digo quando de bom humor. Mas ao pensar no assunto eu perco todas as nesgas de bom humor que me sobram.

O mercado literário no Brasil é inacreditável. Pelo fato de não se poder acreditar. Que preços são esses? Não raro sou obrigado a esperar uma promoção de site para conseguir pôr as mãos no mais novo best-seller que ocupará meu tempo.

Caros. Livro é um bagulhinho caro. Eu compro mesmo assim, mas revoltado, precisando jogar inseticida no bolso para tontear o escorpião que lá vive.

Digam que eu proponha solução agora. Podem pedir por sugestões. Pensei em várias, mas sempre elas esbarram em outros problemas. Para bom reclamador, só a reclamação basta. Estou aqui para chiar, não para resolver.

Folgado E espaçoso!