sábado, 29 de dezembro de 2007

O palhaço despalhaçado

Hoje foi o dia em que conheci o mal-humor em pessoa. E estava fantasiado de palhaço.

Sem ter o que fazer, a convite de um amigo, fui assistir a um show de palhaços, com direito à música e mágica.

Para começar bem, a primeira notícia da tarde, logo no anúncio da atração, foi de que a palhaça da dupla estava doente e internada. Que espécie de espetáculo é esse que já choca e apavora as crianças na cara larga?

Bom, mas isso não foi nada. A seguir, adentrou o palco uma criatura barriguda, com um copo de plástico preso na cabeça, com uma faixa preta pintada na vertical, ao centro do rosto, e um nariz também preto.

Questão: o que se pode esperar de um palhaço vestido de preto e branco? Malancolia? Um show "de segunda"? Sei lá.

Enfim, continuando a contação... O camarada até começou bem, com uma mágica bacana e uma música divertida, para a qual pediu a colaboração de um garotinho da platéia.

Constatação 1: uma criança subir ao placo = milhares de crianças com inveja, querendo subir junto.

Constatado isso, adivinhem o que aconteceu? Ah! Que ar de surpresa é este no seu rosto, leitor desocupado?

Um a um, vários piquetuchos invadiram o palco. E aí a falta do jogo de cintura entrou em cena.

Um palhaço, na teoria, é o mestre do improviso. Se é assim, o nosso astro precisa voltar urgentemente para a escola de clowns. Ele começou a ficar nervoso e armou um barraquinho.

"Nossa, amigos. Vou espalhar para todo mundo como vocês são mal educados...", disse. "Quem é a mãe dessa menina? Ela bateu em mim!", rasgou a calcinha. "Será que eu vou precisar parar com a apresentação?", pisou em cima.

Foi uma das situações mais constrangedoras que já presenciei. Alguns espectadores abandonaram a platéia a partir daí. Outros, assim como fiz, permaneceram para ver aonde aquilo ia dar.

Ridiculamente, o palhaço permaneceu no palco, cantou mais duas músicas - sem graça - e ainda teve a pachorra de perguntar: "Querem que eu pare ou que eu continuem, amigos?". Ao que um rapazinho muito esperto retruca do fundão: "Pára". Nesse meio tempo, vale ressaltar que a mãe da menina-violentadora-de-palhaços chegou sabe-se lá de onde e tirou a criaturazinha dali aos tapas. (E eu continuo tendo vergonha alheia...).

Só para não ficar feio, ele tocou mais uma música, em japonês, e saiu.

No total foram 40 minutos de apresentação. Creio que o mínimo esperado era de uma hora.

Ao final, ele ainda veio falar com a organização do evento sobre seus descontentamentos com a platéia. E bastaram alguns minutos para que um passarinho verde me contasse que o sujeito, além de estrela, é o diretor do espetáculo.

Constatação 2: Com tanto bom humor, é inacreditável que esse mentecapto se denomine palhaço e diretor de qualquer coisa.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Cuidado com o orkut


Espero que você que está lendo não seja estúpido o suficiente para se identificar com o caso a seguir.

Passeando por bits e bytes da Internet, encontrei uma comunidade do orkut relacionada a uma da qual faço parte.

O nome dela é "Amigo Mesmo Eu Só Tenho Um!". Atraído pelo título, cliquei no link. Como de costume, li a descrição da comunidade. Sim, eu li a descrição. Esse é um hábito muito saudável para se desenvolver quando se navega pelo famoso site de relacionamento. Acreditem, essa comunidade é a prova de que a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano.

A descrição explicava tudo claramente. Uma piada manjada, mas que foi bem sacada para ser uma comunidade: o melhor amigo do homem é o seu próprio pênis, pois ele fica o tempo todo perto do ânus e mesmo assim não o estupra. Essa seria a descrição "científica".

Reparei que algumas garotas eram membros da comunidade. Sem entender, fui buscar mais informações. Abri o tópico mais comentado, com 200 respostas, o qual perguntava o "nome" do tal amigo.

Foi insano, mas constatei que as criaturas acéfalas não pegaram o espírito da coisa e estavam, de fato, dizendo os nomes de seus mais estimados amigos humanóides. Passei por algumas páginas. Em um breve diagnóstico, posso afirmar que 98% das pessoas estavam confundindo tudo.

A decepção não foi maior porque haviam alguns seres racionais em meio ao limbo, que tentavam alertar para o erro. O pior, e mais curioso, é que as pessoas continuam errando insistentemente...

Conclusões:
1. A maioria das pessoas só lêem o nome da comunidade e ingressam nelas.
2. Grande parte dos participantes de uma comunidade postam respostas nos tópicos sem ao menso ler o comentário acima do seu.
3. Tem muita gente estúpida no orkut.

Provas do crime:
Entrem no tópico: "Qual o nome do seu amigo!?"

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Mais uma de din-din

Convenções sociais. Quem as inventou?... Hã? Morreu? Que bom... do contrário, eu ia precisar me tornar um assassino, coisa que não quero.

Na minha opinião, o dinheiro não é nada mais do que uma delas. E atravanca a vida.

Dívida é uma passo atrás na vida. Te prende, te restringe.

Dinheiro é uma merda (ou melhor, a falta dele...). Com ele, tudo se resolve, vide políticos e famosos que deveriam ir para a prisão. Sem ele, é... é... hum... nem sei o que dizer.

Sem ele não podemos nem tomar um sorvete, quem dirá conseguir fazer tudo o que desejamos.

Começo aqui uma campanha. Na verdade, duas, só que uma irá adiante, dependendo da boa vontade dos leitores:

"Campanha pela abolição do dinheiro!" e/ou "Campanha pelo enriquecimento meteórico do escritor amador Elmo Sellitti Rangel!"