sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Noções de civilidade

Os ares natalinos me fazem rememorar um tema recorrente em conversas de expediente.


Vira e mexe a gente se pega falando sobre a incapacidade de a grande massa populacional conseguir viver em sociedade.

E essa teoria fica ainda mais evidente quando todos os lugares por onde você anda estão abarrotados de gente para comprar qualquer badulaque. [sarcasmo]E como tem gente linda e bem arrumada na rua.[/sarcasmo]

Escadas

Quando as pessoas vão aprender que se deve galgar os degraus de uma escadaria sempre pelo lado direito, mantendo o esquerdo livre para a circulação do lado contrário?

Por que as criaturas que querem ficar paradas em escadas rolantes não se encostam no corrimão direito da mesma?

Complementando a anterior: por que tem gente estúpida o suficiente para querer subir as escadas rolantes correndo quando acaba de sair do metrô cheio e, mesmo que todos os outros quisessem, não conseguiriam manter a esquerda livre?

Qual é o problema de pessoas que saem da escada rolante e ficam paradas na beirada olhando vitrine de longe, decidindo o lado para o qual irá? Elas não percebem que a escada não pára de rolar quando elas saem e que, impreterivelmente, vai ter gente a dar com rodo se trombando?

Calçadas

Sai a família inteira de casa e ficam todos unidos lado a lado andando pela calçada, travando toda a passagem. Será que a galera nunca ouviu falar de "andar em fila indiana"? Pior é quando resolvem dar as mãos...

Andar mantendo o fluxo no lado direito facilita muito na rua, assim como na escada.

Tem também quem ande com o freio de mão puxado. Sai na rua pra andar em marcha lenta, enquanto todas as outras pessoas querem manter o ritmo de suas rotinas.

Fast-food

Sabe o que me irrita? Quando o sujeito chega na lanchonete, fica um tempão na fila, chega na beira do caixa e diz "ai, num sei o que eu quero...". PORRA! DEIXA EU PASSAR NA SUA FRENTE, ENTÃO!

Tem também aqueles que vivem numa grande metrópole desde que nasceu, entra na lanchonete, fica enrolando na fila e na hora de pedir diz apenas: "o que vem no número 2?". Bicho, você vai num fast-food famoso e nem sabe o que vem no lanche? Em que mundo você vive? Faça o favor de se informar com alguma antecedência da próxima vez, ok?


O mesmo se aplica a qualquer tipo de lugar que exige escolhas. A pessoa tem que chegar no caixa decidida, ou quase, para diminuir a demora e facilitar a vida de todos. Ficar escolhendo enquanto a fila cresce e você atravanca o caixa é, no mínimo, estupidez.

Observações

Avisem pra geral que não vivemos em Londres e que no Brasil segue-se o padrão de "quem vai, vai pela direita, quem volta, volta pela esquerda, e vice-versa". Do mesmo modo, fica a velha dica: se for andar devagar, fique encostado no canto direito extremo de onde está.

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Enumerei apenas as situações que me incomodam mais, principalmente nessa época do ano, mas muitas outras existem e são tão desagradáveis quanto.

Como tenho plena consciência de que o povo não vai aprender noções básicas de civilidade, seguirei circulando metodicamente pelas ruas e continuarei reclamando. Mas, se as pessoas pensassem em facilitar a vida alheia no cotidiano, o mundo seria mais lindo, e como seria.

Feliz Natal e um ótimo ano novo.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vida online: Lição de Moral Express

Chego às 9h da manhã no trabalho e vou contente abrir o e-mail para passar um tempo. Me deparo com uma dezena de e-mails de algumas pessoas bem humoradas que conheço.

Conhecendo o perfil dos remetentes, logo imagino que terei algumas meias-horas de alegria e boas risadas. Fantasio listas de piadas intermináveis. Sonho com power points engraçados. Anseio por tirinhas de humor-negro ou algo que o valha. Desejo vídeos de cassetadas e stand-ups de grandes humoristas.

Mas é brochante (ou seria broxante?) me deparar com assuntos como "Emocionante e triste" e "Uma lição de vida". Lá vem desgraça... Se é para me emocionar logo de manhã, prefiro ficar em casa assistindo "À espera de um milagre" logo depois de acordar, sem nem levantar da cama.

Ruim mesmo é quando a mensagem tem um título sugestivo, mas ambíguo, do tipo "FW: Enc: Se o capeta é casado... esta é a mulher dele.", com esse monte de fw e enc, que indicam que o e-mail veio de longe. Posso até ficar na expectativa de encontrar uma charge ou uma foto de alguma careta cômica. Ao abrir, percebo que nada mais é do que um freak show de uma velha tatuada e cheia de piercing na xana e nas tetas via apresentação de slides.

Tem alguns que o nome já me evita o trabalho de abrir, pois revela tratar-se de bomba, corrente do tipo "Jesus te ama. Mande essa mensagem para 6315 amigos e realize todos os seus sonhos até às 19h. Se não mandar, serás atropelado por uma jamanta vermelha em até 48h". O simancol passa longe desse pessoal que fica lotando minha pobre caixa de entrada com lições de moral do gênero "fácil é julgar os erros dos outros, difícil é reconhecer seus próprios erros".

E se você me enviar uma corrente para que eu repasse para as pessoas mais especiais da minha vida e de volta para você, para provar minha amizade, não espere que eu atenda ao pedido. Não é nada pessoal, mas acho que isso não é prova de nada. Me chame para um café na vida real e aí sim estaremos entrando num acordo, ok?

Mas o pior é que não posso arriscar deixar de abrir, pois tem alguns casos como o "ESTA É UMA DAS CADELAS QUE ACABAM COM UM CASAMENTO", assim com caps lock ligado mesmo. Isso bem poderia ser um power point sobre traição, tipo auto ajuda online, mas, na verdade, era um vídeo bem engraçado.

Por favor, facilitem minha manhã e só me mandem no e-mail coisas que me façam rir. Grato pela atenção.

sábado, 8 de novembro de 2008

Saio do trabalho, mas o trabalho não sai de mim

Para quem ainda não sabe, eu trabalho em uma instituição de caráter socio-cultural-esportivo-educativo. Como bom estagiário que sou, sempre peço ingressos grátis para assistir a shows, peças de teatro, filmes, intervenções artísticas, ou qualquer outra coisa bacana que aconteça.

Hoje não foi diferente. Fui fantasiado de público a um show super jóia. Estava tudo divertido. Aí chega aquele momento de quase fim de show no qual as pessoas correm para a frente do palco para se pendurar e tirar milhares de fotos.

Até aí, tudo bem, como sempre. Porém, a normalidade das coisas foram quebradas por duas fãz descontroladas do cantor. Elas sentaram no palco pra tirar suas lindas fotografias. O caso é que elas começaram a causar um certo desconforto geral na platéia próxima e até um ar de incômodo perspassou pelo semblante do artista.

Meu alarme começou a soar, começou a me formigar a língua e eu comecei a esboçar uma reação. Perguntei à minha acompanhante se deveria agir. Com o empurrãozinho que faltava, não hesitei e pedi educadamente que as duas descessem. Uma delas respondeu muito bem ao meu pedido. A outra não tanto.

A mulher, que deveria se envergonhar da passada de limite na idade em que se encontrava, desceu quando eu disse "por favor, senhora, eu trabalho aqui e peço para que desça para não dar problema...". Mas aí, já no chão, me mediu de cima abaixo e eu li em seus lábios os comentários que fazia para as amigas em volta. Eram coisas do tipo "ele nem deve trabalhar aqui", "nem tá de crachá", "que folgado". Pois aí ela sentou novamente no palco e começou a fotografar o artista bem de perto. Saquei meu crachá, coloquei à vista pra dar uma carteirada básica. Cutuquei-a com mais afinco e pedi que descesse. Ela fez que não viu. Dei um puxão no ombro pra que ela me olhasse (e visse bem o crachá) e disse: "você está duvidando que eu trabalho aqui? eu não estou brincando. você já tirou a sua foto, agora desce!".

Ficou sem graça, coitada...

Nem ligo...

E nem era meu ambiente de trabalho mesmo... apenas uma das unidades da empresa...

Eu quero é mais...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Apocalipse?


Essa semana eu já fiquei puto com um circo que foi armado e acabou na maior merda.

Quem não esteve em Marte nos últimos sete dias provavelmente já sabe a que me refiro.

Um certo ex-namorado resolveu que, por não ter algo melhor com que se preocupar, ia sequestrar a ex-namoradinha para chamar a atenção.


De modo simplificado e simplista, foi isso. Mas se formos parar para pensar, o filho da puta já tava com a cabeça muito perturbada quando resolveu começar a 'brincadeira'. Estar armado e com munição suficiente para acabar com o exército da Geórgia indica as intenções maléficas do cara.
Bater na menina a semana inteira e terminar dando dois tiros, que, infortunadamente, ocasionarm o precoce óbito dela, não me parece caso de simples desespero.

E fica provado de A a Z que obcessão é uma doença terrível. Estar obcecado e inconformado geraram uma gota que escorregou na montanha e carregou a bola de neve que presenciamos em tempo real.

Aliás, desde a morte de uma garotinha jogada da janela no começo do ano, não tinhamos tal chance de a mídia cair em cima da carniça como agora.
É por essas e outras que de vez em quando tenho vergonha da profissão que escolhi e me convenço que reportagem não é coisa para mim. Não estou disposto a correr o risco de ficar bisbilhotando o sofrimento alheio em troca de guerrinhas de audiência, furos que não acrescentam nada e logo cairão no ostracismo, mais e mais publicidade, e dinheiro, claro.

E tem gente que se compadece dele, coitado, não sabia o que fazia, ficou com medo, é culpa da pressão da imprensa. É... imagino mesmo a pressão da imprensa foi tanta... O mais curioso é que para falar por telefone ao vivo em um programinha sensacionalista com uma apresentadora equivalente ele não se incomodou...

Fora a atuação da polícia, que não entendi. Deixar um seqüestro assim se arrastar do modo como foi feito, cumprindo toda e qualquer exigência do desgraçado, não tentar a invasão antes, não aproveitar os possíveis brechas quando ele dormia. Enfim, eu não sou ninguém para questionar protocolos de tão alto escalão e grau de periculosidade. Estou aqui para reclamar e o que eu vi me deixou com muita vontade de reclamar.


São tantas as queixas que eu podia jogar aqui só por conta do estalo que esse caso me deu... Mas eu começaria a libertar demais meu lado chato-dramático-exagerado e ia descontrolar na escrita.


E que eu seja absolvido por ter desejado que esse sujeito apanhasse até morrer. Todo mundo tem seu instinto selvagem, pena que nem todos conseguem controlá-lo e ficar só na esfera do "desejo".

sábado, 27 de setembro de 2008

Pensamentos estupidamente estúpidos

Andando pela rua a caminho do ponto de ônibus, me ocorreu (novamente) um tipo de pensamento que me persegue há muito tempo.

É o tipo de mensagem que o meu cérebro processa tão rápido que eu não consigo conter. Mas o mais legal é que, uma fração de segundo depois, eu mesmo descarto a bobagem, dialogando compulsivamente comigo mesmo.

Agora que já estão com a cabeça imaginando um milhão de bobagens, posso contar qual é o meu pensamento retroativo babaca de sempre.

Como disse, estava indo ao ponto de ônibus onde pegaria uma condução até a estação de trem, na qual poderia subir em um vagão que me levasse até a capital.

É nesses momentos, especialmente quando se está atrasado, que a tragédia se dá. O ônibus passa ao longe, e não daria tempo nem de correr para tentar pegá-lo. Perder o busão funciona praticamente como disparar um dispositivo interno.

Então surge em minha mente o tal pensamento: "Cacete... Se ao menos eu conseguisse correr como o Flash, eu conseguiria alcançar o ônibus..."

Prontamente, meu grilo falante berra em meus ouvidos: "Ô idiota, se você corresse como o Flash, não precisaria pegar o ônibus, era só correr até o Ipiranga..."

Na mesma linha tem o "Ah! Se eu voasse como o Superman, eu poderia voar até a estação de trem..."

Pois é, caros desocupados leitores, acontece, eu confesso.

Mas eu juro que acho que sou normal...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Maldito pé esquerdo


É impressionante como às vezes a gente sai de casa numa falta de sorte sem fim. Eita maré...

Se acordar com o pé esquerdo é mal sinal, então ontem eu levantei com oito patas esquerdas.

Levantei, tomei um banho, e acabei me atrasando para pegar o trem de manhã. Até aí, tudo absolutamente normal.

Em tese, os problemas só começaram depois do expediente. Às quartas saio mais cedo para ir para a faculdade, mas ontem resolvi carregar meu bilhete escolar no terminal de ônibus antes de ir.

Pra começar, peguei o ônibus errado e fui parar longe do terminal. Explicação: eu não tô podendo adivinhar que o ônibus "Sacomã" é diferente do ônibus "Term. Sacomã". Burrice não ter perguntado, mas fui no embalo das outras pessoas e não deu certo... fica como lição. Não me senti tão mal, pois duas outras pessoas desceram no ponto final e procuraram o ônibus certo comigo.

Após subir em outro ônibus (e pagar outra passagem), cheguei ao terminal. As bilheterias próximas de onde desço estavam em reforma e precisei rodar o terminal inteiro para chegar em outras. Chegando lá, não consegui carregar o cartão, pois a empresa de administração do transporte de São Paulo não tinha recebido a atualização da minha matrícula ainda.

Conclusão: peguei um veículo errado e um certo à toa, completamente sem necessidade.

Ao pegar o ônibus intermunicipal para ir à universidade tive que pagar mais uma passagem. Logo no início do trajeto, o motorista parou em um ponto e subiu um sujeitinho bem do suspeitinho. Meu 34º sentido disparou. O meliante agarrou uma arma e resolveu que ,por não ter mais o que fazer, ia assaltar um micro-ônibus.

Depois de uma super discussão entre bandido e motorista, o filho de uma puta viu que não tinha dinheiro em caixa e saiu sem fazer mais estragos.

Enquanto tudo isso acontecia, estava eu no segundo banco, com um alvo vermelho e branco pintado na testa. Eu congelei, fiquei no maior cagaço, afinal, carregava comigo o que de mais valioso tenho em termos materiais: este notebook com o qual vos escrevo.

Desesperos a parte, mantive a cara de paisagem, como se nada estivesse se passando, e eu apenas curtia a viagem ouvindo minha música.

Chegar na faculdade e ouvir deles que não tem problema nenhum registrado com a empresa de ônibus e que estou matriculado corretamente só terminou de acabar com a minha esperança de conseguir colocar crédito naquele pedaço de plástico com minha foto.

Depois de fazer o que tinha que ser feito, imaginei que chegaria cedo em casa. Mas eu tenho sérios problemas com o transporte público. Por pressa, subi no primeiro ônibus que passou e que iria para o lado que eu gostaria de chegar. Depois de dar uma volta completa ao redor da Terra, desci no ponto final do ônibus e tive que caminhar um bom trecho para chegar ao ponto onde passa meu coletivo.

Muuuito dinheiro dado ao governo em passagens, muito cagaço e perda de tempo depois, o dia acabou. Acabou bem, por sinal. Ainda bem.

É dose. E eu tomo. Fazer o quê?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Beber + fumar = diversão?

Quer me ver irritado é falar merda em rede nacional. E ainda mais sobre certos assuntos...

Estava assistindo despretensiosamente a um telejornal no final do dia, enquanto fazia algumas outras tarefas sem importância, o vulgo "fazer nada". Eis que a apresentadora lê uma cabeça de matéria que dizia: "está para ser aprovada em São Paulo a lei que proíbe o fumo em lugares fechados, acompanhe na reportagem... blé bló blú".

Parei para prestar atenção, pois acho ótimo que alguém pare logo com essa palhaçada de obrigar os outros a inalar fumaça alheia quando vai a um barzinho ou algo do tipo.

Quando achei que a notícia ia me animar, me decepciono, pois tudo começa com uma tiazona em um happy hour que falava: "a gente já não pode beber, agora não vai pode fumar também, e o que a gente vai fazer para se divertir?"

E o sangue sobe. Uma sugestão para o que a senhora do vídeo poderia fazer para se divertir: vai dançar macarena no meio do inferno!

Gente que atrela seu divertimento e alegria a qualquer tipo de vício não tem a menor moral comigo. Acho que eu faltei na aula que explicavam que só é possível se divertir quando se fuma ou bebe.

E vou além. Uma pessoa com essa mentalidade fraca é o tipo de criatura que se enfia facilmente em qualquer espécie de droga bebível, fumável, cheirável ou injetável. E, enquanto houver gente que atrele sua felicidade a métodos artificiais de consegui-la, haverá consumo de drogas, venda de drogas, tráfico de drogas, violência, e aquele papinho de filme de favela que o pessoal adora fazer para polemizar.

Sou abstêmio com todo o orgulho que eu tenho pra ter, ok? Careta? Chatão? Só se for para você que pensou isso ao ler a minha declaração. Tô "de boas" assim.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A revolta do sistema digestivo

O corpo humano deveria aprender a ser mais educado com seu morador.

Sábado. Folga. Alegria. Passeio. Repouso.

Alegria? Passeio? Repouso?


Não é sempre bem assim. Comer um beirute frio, um creme de avelã, ou seja lá o que foi que mandei pra dentro, me custou meio final de semana de folga.

Após um alimento noturno que não aterrisou legal, acordar enjoado é normal, vá lá um "tudo bem". Mas aí o quadrúpede come frango à passarinho, super indicado nesse caso. Nem preciso dizer que não caiu lá muito bem. Calor, mexe remexe estômago, tomei um banho para ver se melhorava. Só fez piorar. Pressão despenca, tontura pega firme.

Reações desagradáveis do corpo começam a pipocar. Sinceramente, pra mim, antes dar um piriri do qual me livro com uma ida ao banheiro do que precisar chamar o Hugo. Mas às vezes acontece. E não é legal. Definitivamente não é legal.

Porém, depois da chuveirada, chamei o tal do "Huuuuuugo" uma vez. Achei que tinha acabado, melhorei um pouco, quase comemorei. Minutos depois, calafrios retornaram, o corpo amoleceu, tremedeira e suar frio. Não contente com a festa do Hugo, chamei o Raul.

"Rauuuullllll". Felizmente, depois do péssimo estar da tarde, tomei um chá com biscoito, comidinha de doente, e fiquei deveras bom. Mas uma canja no início da noite me revolveu o sistema digestivo e retomei as sensações de "aí, dona Morte, passa mais tarde".

Só mais um bota fora e muitos remédios. O fim da crise se aproximava. Não comi mais nada lembrando das sensações dantes descritas. Passar mal é muito mal.

Eis que o corpo me colocou de frente para uma outra forte emoção. Fome. Às 3h30. Madrugada alta e eu agradeci ao espírito do sujeito que inventou a bisnaguinha. Carboidrato sem perigo para noites de fome pós-passar-mal. Recomendo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Motivaê! - O novo mantra que preciso mentalizar


Minha motivação foi comprar cigarros e não voltou mais...

Estou em época de produção do famigerado trabalho de conclusão de curso, também conhecido pela alcunha de "TCC". Os problemas começaram com as férias. Depois de um semestre me matando para fazer pré-projetos e resolvendo tantas pencas de pendências relacionadas, as férias me esfriaram.

A temperatura morna está tão profunda que agora não consigo mais desempacar. E é algo que só depende de mim. Uma boa motivação seria o fato de que o trabalho não afeta só a mim, mas a todo um grupo. Otra motivação poderia ser o prazo curtíssimo de mais ou menos TRÊS meses. Só que nem esses fatores estão me movimentando ultimamente.

E ainda por cima caiu a bomba (que eu sabia que cairia) de que não teremos mais aula. Ou melhor, a única aula que teremos gerará um trabalho paralelo ao TCC e será dada em forma de consultoria cerca de UMA vez por mês.

Não há quem não se desmotive. E conversar com outros colegas de sala não ajuda. Muito pelo contrário: me puxa ainda mais para o ócio. Outros grupos tampouco começaram. E mais uma vez vem a lição de moral ecoar na cabeça: o ser humano nunca deve se guiar pelas atitudes de outro ser humano.

Quando a preguiça, sei lá, qualquer coisa assim, bate com força, fica difícil recuperar.

O caso é que eu preciso. Prometo que amanhã eu me motivo. Amanhã...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Cacheado não brinca


Hoje, atendendo a pedidos, resolvi criar um avatar 3D na nova ferramenta de um tal site de relacionamento.

Para quem não me conhece, possuo cachos em minha cuca quando o cabelo está grande, o que é o caso agora.

Qual não foi minha surpresa quando fui alterar o cabelo do personagem e me deparei com uma gama infinita de tipos de cabeleira. Ou quase isso.

A tal brincadeira é traumatizante para quem tem um cabelo enroladinho, cheio de cachinho na cachola.

Só tem cabelo de índio, tijela, penteados de emo e punk.

Olha aí o preconceito correndo solto na brincadeira. E olha que nem sou afro-descendente. Sou uma boa mistura brasileira que me gerou um cabelo encaracolado.

É absurdo, mas ainda hoje, e num site de relacionamentos mundial, as pessoas não pensam num público amplo para seus produtos. Tudo é muito segmentado por aí... tem produto específico para tudo, e ao mesmo tempo há quem peque. E o público se perde com tanta oferta.

Enfim, quando eu aprender a ser programador de computadores, ou qualquer coisa do gênero, aí paro de encher o saco e crio o cabelo 'tipos ruim' na brincadeirinha.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Quando algo não cheira bem

Foi girando a roleta do dia-a-dia que deparei hoje com o tema "gente fedida". Voltando do trabalho, já noite adentro, escolhi meticulosamente um lugar para sentar no ônibus. Bem, não tão meticulosamente. Na verdade, peguei o lugar mais vulnerável no microônibus. Meu banco era o segunda das fileiras, logo atrás de um banco solo. Fiquei bem no canto de um "L" vazio de assentos.

Sentar não foi o problema. Pouco antes de sairmos, entrou um casal e se sentou bem ao meu redor, nas pontas do "L".

Foi aí que começou minha batalha. Era manga de blusa no nariz, aí vinha a falta de ar, virava de lado, aí vinha o desconforto no pescoço, abaixava a cabeça e a catinga só piorava.

Mas esse casal fedia que vocês nem imaginam. Era uma mistura de suor, meia velha, cheetos bola, amendoim ovo, cigarro e plantação de cana depois da queima, que era difícil permanecer consciente.

Então rola uma bobice da minha parte que preciso aprender a controlar. A tal da vergonha de mudar de lugar no ônibus. Sei lá, fico achando que vou parecer antipático, fresco, aí chego à conclusão de que ninguém tem nada com isso, sempre tarde demais.

Enfim, os dois sairam. Para minha surpresa, vejo uma senhora que estava em uma das cadeiras opostas à minha comentar algo com o motorista. Tiro um dos fones do ouvido e percebo que estão a comentar o odor dos porquinhos. Desabafo com um "nossa, tava complicado com esse cheiro horrível". Eis que houve uma concordância por parte do motorista, da senhorinha e de um rapaz na fila anterior à dela.

Meu, como é que uma pessoa consegue conviver com um mau cheiro tão grande no corpo? E ainda obriga os outros a saborear tão magnífica companhia...

Sem brincadeira, eu chutaria que eles estavam há uns quatro dias sem ver água e sabão, esplendorosa combinação, que até rima gera. E olha que nem calor está, pois se estivesse eu daria um desconto.

Incrível também são aqueles caras que conseguem estar fedendo às sete da manhã no trem. Mal o dia começa e o sujeito já está mergulhado na futunzera. Deve existir uma técnica para feder pela manhã, alguma loção de suor, esgoto envazado, vai saber...

Não é por nada, mas eu consigo tomar banho de manhã, pegar trem, andar, trabalhar, ir para a faculdade e chegar cheirando bem em casa a noite.

Vou encerrar, pra não me alongar ainda mais... é o tipo de assunto do qual eu reclamaria por horas...



sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sistemas... não posso com eles

Dia desses imprimi um boleto referente à compra de um livro.

Começou aí uma dura jornada.

Eu pago tudo na base do "aproveito". Aproveito que passo na frente da lotérica e pago lá.

Alguns fatores:

- Acontece que a Mega Sena insiste em acumular. São 18 milhões para cá, 13 para acolá, e no meu bolso só chove areia... Acumula dinheiro = acumula fila.

- Outro detalhe é que estou constantemente atrasado para pegar o trem.

- Enfim, some-se a isso o fato de todas as pessoas do mundo quererem bater papo dentro da casa lotérica. Tá, tá... não é bem assim, só que tem gente que pega o dia pra me tirar de palhaço.

- Se o sistema pode pifar, ele pifa comigo.

Dito isso, começa a palhaçada.

Nas primeiras passadas em frente ao local, as filas de jogadores, iludidos com a vaga possibilidade de colocar as mãos nos 13 milãos, me impediram de pagar.

Meus atrasos não me deixaram pagar em outras ocasiões.

Com um dia para o vencimento do boleto, eis que o dia chegou. Dez minutos para resolver o assunto e uma fila de uma pessoa só.

Feliz e contente, entrei e esperei um minuto. E num é que o cara na minha frente resolveu pedir o resultado de tantos sorteios quanto fosse possível. Além disso decidiu perguntar para quais deles a jogada "Teimosinha" dele valeriam.

Outro caixa abriu e acabei sendo atendido, já com a corda do tempo no pescoço. Em dois palitos, tudo poderia ser resolvido. Mas por que o seria? Ao passar meu boleto na máquina, ouço a atendente comentar com a outra (a qual ainda atendia o sujeito citado acima): "Ah! Caiu o sistema... eu disse que ia cair..."

Cacete! Na MINHA vez, no MEU boleto, o sistema simplesmente CAI!

Conclusão: paguei, mas com a ressalva de que perdi o trem e, mais uma vez, me atrasei.

"Cai, cai balão" devia ser atualizada para "Cai, cai sistema":

Cai, cai sistema
Cai, cai sistema
Pra me causar problema

Não cai não, não cai não, não cai não
Paguem o meu boletão!

Parodiazinha sem-vergonha, ataque de egoísmo
e mania de perseguição. Só pra ser o post 51... E Boa Idéia!

Quinquagésima postagem - Carta para vocês

Leitores desocupadíssimos,

Venho por meio do presente comunicado avisar-lhes que essa é a 50ª vez que deixei o que precisava fazer. E parabéns, você entrou em estado de ócio 50 vezes!

Estamos chegando em um nível que eu não imaginei que chegaria. Manter um blog por mais de um ano, com certa constância, e chegar na postagem 10+10+10+10+10 deveria ter-me garantido um senso maior de responsabilidade. Pena que a tal da preguiça não me larga POR NADA.

Responsável si, pero sem perder la preguiça!

Boa leitura para vocês, até quando isso durar.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Dirigir fica difícil assim...

Hoje passei por três situações que me impeliram a escrever sobre transitar na cidade com um carro. Vejam a seqüência de merdas que podem acontecer a um ser humano motorizado.

Situação um: cheguei na faculdade e me deparei com ruas cheias. Resolvi, então, tentar estacionar em uma vaga pequeniníssima, a qual meu amigo disse que cabia o carro.
Baliza.

Vira daqui, vira dali, acabei encostando extremamente de leve no Peugeot 206 SW verde esmeralda que estava atrás.

Um senhor, dono do carro, saiu da casa na fente da qual estava estacionado, acompanhado de gritos de uma mulher na janela, dizendo que eu bati no carro e blá, blá, blá. Eis que ele dá uma rézinha e eu encaixo o carro.

Ao descer, me deparei com um velho rasgando a calcinha por conta da encostadinha. "Vem ver o que você fez! Olha só!" [...] "Quando vou no mercado páro longe para as pessoas não encostarem" [...] "É incrível, meu carro parece que tem açúcar pros outros enconstarem" [...] "É novinho...".

Durante todo o pití eu me abaixei e esfreguei a marquinha no pára-choque (cujo nome é auto explicativo) com a ponta do dedo e ela 'milagrosamente' desapareceu. Ó, mas eu sou o messias das latarias. Com a ponta dos dedos eu tiro riscos e buracos de carros. Preciso abrir uma oficina. Tanto escândalo para nada. NADA! Velha chiliquenta, credo.


Situação dois: No caminho de volta para casa, um Celta vermelho passa no sinal vermelho e entra na via movimentada pela qual eu passava. Dei luz alta e segui.

Poucos metros depois, parei no semáforo seguinte e o tal Celta fechou um Taurus branco. Dois marmanjões sairam do Celta e com eles trouxeram um cabo de enxada (!). Aí correram a pé atrás do Taurus, que começou a dar ré na avenida (!). Não consigo entender os motivos para a cena de filme, mas fiquei num puta cagaço por ter dado luz alta pros vândalos. Ô stress, credo.


Situação três: já na avenida perto de casa, vi que a fila da direita estava ocupada por dois caminhões, um de combustível e um de carga. Fui para a faixa do meio.

O caminhão da frente resolveu entrar no bairro e o competente motorista do caminhão de trás mudou de faixa para desviar. Adivinham em cima de quem ele veio?

Joguei o carro para a esquerda. Ainda bem que a faixa estava livre, se não, eu não estaria aqui para contar a história.

Meti a mão na buzina até conseguir ultrapassar violentamente o babaca que se sentiu atraído pelo meu carro. Barbeiragem, credo.

Enfim. Cuidado no trânsito, queridos leitores. Só tem maluco nessas merdas dessas cidades. Dirijam por si mesmos e pelos dementes ao redor. Passar bem.

sábado, 19 de abril de 2008

Pisca pisca sem natal

E a lâmpada não fica acesa se não estiver afim... Achei que tinha visto de tudo, mas uma lâmpada temperamental era, sem sombra de dúvida [chavão!], o que me faltava.

Ao chegar todo animado no quarto, pronto para utilizar a internet e arrumar uma mochila prestes a explodir (que me renderia um outro texto), acendo a luz, que vacila um instante e se apaga. Com um tapinha de leve, volta a acender.

Viro minhas costas e tchan, apaga de novo. Mais uma encarada e um cutucão e ela retorna à vida.

Sento-me na cadeira, já relaxado, e ela morre mais uma vez. É de foder o peão! Uma olhada feia de esgüela e uma série de sacudidas a mantém iluminando o ambiente de novo.

Até quando vamos precisar dar empurrões e cutucões para que as coisas funcionem e nos deixem com a impressão de que pode acabar de vez a qualquer momento?

É melhor chamar o eletricista para acabar com este maldito mal contato.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O problema da tradução simultânea

Conferência internacional sempre possibilita a incrível utilização de um equipamentozinho com fones para que sejam traduzidas as conversas em línguas que o participante leigo não domina.

Estive em uma dessas dia desses. E foi uma experiência engraçada, ao menos.

Lá estava um dinamarquês falando em inglês em uma palestra sobre sua carreira de documentarista. E uma rapazola traduzia com empolgação o que o estrangeiro dizia.

A certa altura, resolveram passar um vídeo no telão para ilustrar o que estava sendo dito. Prontamente as pessoas retiraram os fones do ouvido. Eu permaneci com os meus, na esperança de que a tradutora fizesse seu trabalho também com o trecho do documentário a ser mostrado. Foi a coisa mais acertada que fiz ali.

Os estúpidos que ficaram na salinha de tradução esqueceram um detalhe muito mais do que importante: fechar o microfone. Quando se quer tecer comentários maldosos, é melhor que fique entre poucos, sem transmissão para um auditório através de fones.

A mulher disse que havia chegado "a hora do sono". Me deu um arrepio por imaginar o que viria a seguir. Poderiam recordar-se e desligar o micronofe, ou ela poderia continuar soltando barbaridades. Segunda opção, por favor. Meu pedido atendido: "nossa... eles tão passando uns filmes longos hoje, né?", com aquele tom misto de tédio e desdém. Eu já estava às gargalhadas, exclamando que a mulher estava falando absurdos no meu fone. Algumas pessoas colocaram o fone a tempo de ouvir a derradeira tradução: "ainda bem que a gente não ficou lá embaixo com eles [palestrantes]... encontrei com ele e ele tava fedendo...".

Não consegui conter um ataque de riso. Coitada, deve ter sido demitida... Quem manda não ser esperta...


sábado, 22 de março de 2008

Talvez o maior mal da Terra

21 dias depois, número que representa a minha atual idade, recém completada, volto a publicar novas ladainhas no blog.

Espero que não tenham acreditado nessa desculpa esfarrapada para a falta de atualizações. Ultimamente não tive mesmo a capacidade de parar cinco minutos e esbofetear algum assunto nessas bem traçadas linhas, pois seguem padrão de computador.

Dediquei-me ao meu lado poético sem nem saber o motivo. Mas é muita sacanagem desprezar uma página http que de terapias sempre me livrou.

O abandono é um mal da humanidade. Porém, mesmo com um curto espaço de atitude relapsa, retomo minhas atividades.

Abandonar é um ato quase selvagem, pois a pessoa deve ser responsável por tudo o que inicia ou toma posse. O fim é diferente. Demanda uma despedida formal, muitas vezes chorosa. Para terminar, pede-se que as devidas providências sejam tomadas. Um tchau, até logo, adeus, acabou, explicar os motivos, deixar um amparo... Tantas são as formas de parar sem abandonar, só falta a humanidade se dar conta disso.

Poderia discorrer sobre seres humanos abandonados, pai e mães que abandonam, filhos que abandonam, donos que largam seus inocentes animais, ou seja lá do que mais for. Com a retomada, reitero meu desejo com esses textos: metaforizar sobre assuntos que me irritam ou as vezes somente ser ranheta e gagá. Se vira, leito, descubra sozinho. Nem vou perguntar se querem que eu desenhe, porque até isso eu já faço ali no canto.

Ah! E se eu descobrir outro mal da humanidade que seja maior do que o abandono, volto a escrever.

Volte sempre.

sábado, 1 de março de 2008

Pontuação filha da puta do caralho

Eu falo palavrão, mas nos momentos certos. Utilizo, sim, esse maravilhoso recurso lingüístico em momentos de tensão, ou para explodir de alegria, mas com uma certa moderação e pensando nas circunstâncias.

Por outro lado, há gente que usa palavras de baixo calão como pontuação nas frases. Outro dia estava andando pela faculdade e escutei uma conversa mais ou menos assim: "Caralho, meu, aquele filho da puta do caralho falou que ia, caralho, e não foi, puta que pariu."

Preste atenção ao seu redor. De certo tem alguém por perto que fala assim, exageradamente, e muitas vezes por impulso. A pessoa está tão acostumada a trocar vírgulas por porras, exclamações por caralhos, reticências por bucetas, que nem repara.

Ah! Pois, infelizmente, eu reparo. E muita gente repara, e não fala nada. É feio ser boca suja sem motivo. Mamãe não disse? Tome cuidado. Use o palavrório de segunda linha com moderação, por obséquio. Que merda!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Parabéns pra quê?

Hoje essa grande demonstração da minha total falta do que fazer faz um ano.

Como é possível? Sempre haverá um desocupado que publique um amontoado de bobagens na internet. Afinal, pra que mais serve a grande rede mundial de computadores? Para incentivar as pessoas a fazerem menos o que deveriam estar fazendo e ocuparem seu tempo com inutilidades.

E eu estou humildimente aqui querendo tirar a sua atenção do trabalho ou de seja lá o que você devia estar fazendo (sim, pois todos tem o que fazer, mas adiam até quando podem).

Preparem-se para mais um, dois ou tantos anos quanto forem necessários para economizar um terapeuta, descontando meus problemas em todas as coisas que me chamam a atenção. Continuarei falando de detalhes bobos da vida, tornando-os tempestades em copos d'água. Aguentem o quanto puderem aí do outro lado.

Obrigado pelos comentários!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Faz mais estrago que a bomba atômica

18 horas.
Nublado.
Calor infernal.
Ah! O verão.

Passam-se alguns minutos. Vem chegando o busão. Abarrotado de gente.

Em pé, tenho que buscar refúgio em frente a uma das janelas abertas. Alguns quilometros depois, começa a chuva. Ô horinha descabida para uma precipitação atmosférica...

A seguir, o óbvio acontece. Os chatinhos, que estão sentados, começam a cerrar as janelas todas. Que têm eles na cabeça?

Um ônibus lotado vira uma estufa nessa situação. Uma bomba gérmica. É bafo, respiração, fungo, cheiro, ácaro, micróbio, vírus, bactéria, lactobacilo vivo e toda uma gama de mosntrinhos que não podemos ver, chorando de alegria com toda aquela umidade e calor.

Alguém me disse um dia: "Quando é assim, eu digo que tenho tuberculose e todo mundo abre as janelas...".

Será que funciona?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Pra mandar embora é só colocar a cadeira em cima da mesa

Agora o papo é sério. Acreditou? Não? Que bom.

É só mais uma futilidade que me irrita um pouco, só para variar.


Às vezes é tão frustrante ir ao cinema a noite. Ainda mais quando se chega quase na hora do filme e com uma fome de quinze mendigos. Explico: obrigado a entrar na sessão, o espectador precisa se conformar que, na hora que o filme terminar, a praça de alimentação vai estar fechada.


Qual é a dos donos de franquias e restaurantes no shopping? Eles poderiam deixar tudo aberto até o final da última sessão do dia. Muita gente fica com um pouquinho que seja de fome ao sair de uma sala, principalmente porque ficaram em média duas horas sentados sem comer (sim, pois a pipoca sempre acaba nos trailers, isso quando se compra alguma coisa...).


Fora que os preços das guloseimas cinemísticas são impraticáveis. Pipoca é água sólida, gente. Não consigo pagar seis merréis em um pacote.


Mas o mais deprimente é constatar o retrato da expulsão quando se sai tarde de um longa. Dar de cara com uma praça de alimentação com as cadeiras em cima das mesas não é nada convidativo. O máximo que se consegue fazer nesses casos é pagar o estacionamento e ir comer qualquer budega em casa mesmo.


Nunca passou por isso? Experimente! É uma sensação digna de recordações.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Acomode-se também

Ah! O comodismo. O bom e velho. O ser humano é um bicho extremamente acomodado. Vou usar um exemplo babaca, mas que com um pouco de esforço e imaginação pode ser interpretado como metáfora e encaixado em diversas situações.


Um torneira espanada em casa. Para começar é uma beleza. Abrir é como em qualquer outra. Para fechar, o defeito é percebido: gira gira gira e a malcriada não fecha.

O que fazer em uma situação dessas? Chamar alguém que feche o registro e troque o equipamento? Ledo engano.

Comum mesmo é que os moradores da casa se habituem com o problema, aprendam um macete para fechá-la com facilidade e deixem do jeito que está.

É tão mais simples deixar as coisas como estão... Deixa rolar aí.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Não compre DVD original...

Peraí, peraí. Antes que a polícia federal venha pra cima deste humilde autor de bobagens, deixe-me esclarecer o tópico que não quer calar.

Motivado por uma visita a uma grande loja de uma rede de franquias famosa, na qual me deparei com uma situação um tanto encafifadora, resolvi escrever.

Passeando pelo setor de DVD's, comentei com uma amiga: "Eu me divirto aqui com esses filmes em promoção: R$9,90; R$12,90; 19,90. Às vezes consigo achar umas coisas sensacionais e bem baratas...".

Mas nem tudo são flores (ou promoções). No mesmo local, havia uma prateleira repleta de bons filmes, recém-lançados, por uma faixa de preço entre R$40 e R$60.

Tico e Teco bateram um papo na minha caixa craniana e cheguei à conclusão (a qual até um macaco desdentado chegaria) de que, pra ser de promoção, um DVD precisa ter sido caro um dia.

É uma puta sacanagem. Por que diabos as produtoras já não lançam seus filmes, shows e séries por um preço mais acessível? Se vai baixar um dia mesmo... Aposto que as vendas seriam maiores e o lucro seria o mesmo. Antes vender um monte enquanto o produto é novo do que esperar ele encalhar pra deixar o preço cair e as vendas idem.

Prontamente proclamei em voz alta dentro da loja, sacudindo um dos DVD's caros, provocando um ataque de vergonha e riso de minha acompanhante: "Ei, gente! Não compra não esses daqui, ó. Daqui um mês eles vão para a prateleira dos baratinhos, aí vocês compram, ok?"

Tenham paciência. Em pouco tempo você pode ter seu adorado DVD por um preço bem mais baixo. Economize e não seja abusado pelas produtoras.



E para completar o título: "Não compre DVD original... Ainda...”.