quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Maldito pé esquerdo


É impressionante como às vezes a gente sai de casa numa falta de sorte sem fim. Eita maré...

Se acordar com o pé esquerdo é mal sinal, então ontem eu levantei com oito patas esquerdas.

Levantei, tomei um banho, e acabei me atrasando para pegar o trem de manhã. Até aí, tudo absolutamente normal.

Em tese, os problemas só começaram depois do expediente. Às quartas saio mais cedo para ir para a faculdade, mas ontem resolvi carregar meu bilhete escolar no terminal de ônibus antes de ir.

Pra começar, peguei o ônibus errado e fui parar longe do terminal. Explicação: eu não tô podendo adivinhar que o ônibus "Sacomã" é diferente do ônibus "Term. Sacomã". Burrice não ter perguntado, mas fui no embalo das outras pessoas e não deu certo... fica como lição. Não me senti tão mal, pois duas outras pessoas desceram no ponto final e procuraram o ônibus certo comigo.

Após subir em outro ônibus (e pagar outra passagem), cheguei ao terminal. As bilheterias próximas de onde desço estavam em reforma e precisei rodar o terminal inteiro para chegar em outras. Chegando lá, não consegui carregar o cartão, pois a empresa de administração do transporte de São Paulo não tinha recebido a atualização da minha matrícula ainda.

Conclusão: peguei um veículo errado e um certo à toa, completamente sem necessidade.

Ao pegar o ônibus intermunicipal para ir à universidade tive que pagar mais uma passagem. Logo no início do trajeto, o motorista parou em um ponto e subiu um sujeitinho bem do suspeitinho. Meu 34º sentido disparou. O meliante agarrou uma arma e resolveu que ,por não ter mais o que fazer, ia assaltar um micro-ônibus.

Depois de uma super discussão entre bandido e motorista, o filho de uma puta viu que não tinha dinheiro em caixa e saiu sem fazer mais estragos.

Enquanto tudo isso acontecia, estava eu no segundo banco, com um alvo vermelho e branco pintado na testa. Eu congelei, fiquei no maior cagaço, afinal, carregava comigo o que de mais valioso tenho em termos materiais: este notebook com o qual vos escrevo.

Desesperos a parte, mantive a cara de paisagem, como se nada estivesse se passando, e eu apenas curtia a viagem ouvindo minha música.

Chegar na faculdade e ouvir deles que não tem problema nenhum registrado com a empresa de ônibus e que estou matriculado corretamente só terminou de acabar com a minha esperança de conseguir colocar crédito naquele pedaço de plástico com minha foto.

Depois de fazer o que tinha que ser feito, imaginei que chegaria cedo em casa. Mas eu tenho sérios problemas com o transporte público. Por pressa, subi no primeiro ônibus que passou e que iria para o lado que eu gostaria de chegar. Depois de dar uma volta completa ao redor da Terra, desci no ponto final do ônibus e tive que caminhar um bom trecho para chegar ao ponto onde passa meu coletivo.

Muuuito dinheiro dado ao governo em passagens, muito cagaço e perda de tempo depois, o dia acabou. Acabou bem, por sinal. Ainda bem.

É dose. E eu tomo. Fazer o quê?

Um comentário:

Anônimo disse...

Gente, não tem como não rir com esse texto.
Que poderia ser dramatico, apelativo, clamando por justiça e toda aquela coisa que a gente já sabe... mas é bem humorado!

Mas eu fiquei muito asustada quando fiquei sabendo do acontecido porque algo me dizia que tinha alguma coisa errada.

Eu não sei o que foi. Mas o meu sexto sentido que nunca falha, não falhou. Mais uma vez.

Amém que está tudo bem.

Beijo.