quinta-feira, 19 de julho de 2007

Ave Ão: sem chance

Palhaçadas à parte, sinto-me inclinado a falar mal de algo mais profundo hoje. Acontece só quando o cômico vira sério.

Nunca viajei de avião, caipira que sou. 13 horas em uma máquina presa ao chão com alguns pares de rodas grandes não são nada para mim.

E os eventos recentes me tornam ainda menos disposto a sair do chão em uma lata gigante com asinhas. Não tenho problemas com altura. Pulo de skycoaster sem problemas, afinal, tenho um cabo que me segura. Bungee jump é uma de minhas ambições. Tudo desde que esteja seguro, o que não parece ser a prioridade de preocupação no setor aéreo do país.

Essa nação figurante em que vivemos muito me agrada, mas certamente me deixa emputecido dia após dia. É difícil entender. Se fosse um prédio, o Brasil já teria desmoronado.

Até quando perdurará a irresponsabilidade por aqui? Seja lá de quem for a culpa, no fim das contas um sonoro foda-se para o poder que um aeroporto empoleirado no meio desse galinheiro gigante pode exercer sobre mentes fracas e interesses econômicos de companhias aéreas.

Fodam-se igualmente passageiros que reclamam se ameaçam tomá-los seu precioso estacionamento de quintal, do qual partem para viagens vazias. E fodam-se os empresários que rosnam ao pensar na possibilidade de lhes tirarem espaço no ninho.

Torço pelo dia em que chegarei a um aeroporto em São Paulo, bem longe da capital, no meio do mato. Comprarei uma passagem e embarcarei sem demora excessiva. Acho que só assim para me convencerem a pular dentro do pássaro de aço e ir à Mongólia.

Um comentário:

Odir Ricardo Brandão disse...

Hm... post sério. Não vou fazer piada dessa vez.

(silêncio constrangedor)

Er... pois é, foi uma grande tragédia.

Mas o pássaro de aço ainda é o meio de transporte mais seguro. Ou não...