quarta-feira, 2 de maio de 2007

Ópera da desgraça alheia: 2º ato - O Casamento


Mês passado passei por uma situação nunca passada anteriormente. Pelo menos por mim. Acredito que por muitos. Esperei um tempo para bostar sobre para mastigar, engolir e digerir a situação um pouco.

É incrível o quanto o ser humano consegue não conseguir pensar. Como duas pessoas em sã consciência resolvem estabelecer uma vida a dois, contrair matrimônio, esfregar as escovas de dentes, sem haver um mínimo de preparo e planejamento?

Não creio nos noivos, mas que existem, existem. Noivos-não-noivos então, nem fale, esses eu conheço de perto, pois já tive o "prazer" de visitar seu habitat hostil.

Minha única intenção naquela tarde de outono era fazer um par de fotos de uma avenida para encher uma lingüiça em uma página de jornal de bairro. Ledo engano. As coisas nunca, jamais, saem como previsto. E não tem Walter Mercado ou Aparecida Liberato para me dissuadir satisfatoriamente.

No final da jornada, um casal esquisito aborda a mim e à uma colega de profissão. Pensei em tudo. Assalto. Sequestro. Pedido de informação. Proposta indecorosa. Nenhuma das anteriores. Eles dispararam, em uníssono: "Vocês querem ser testemunhas do nosso casamento?".

Como assim? Mas como desgraça pouca é bobagem, aceitamos de pronto. Depois de garantido que testemunhar casamento não gera consequências legais, assinamos a papelada. E eu tenho as fotos para provar. E o pior: durante a "cerimônia", entre aspas, porque foi tudo muito abstrato, sem convidados, sem docinhos, sem nada, a criatura que representava a parte feminina do casal dispara uma soletração do nome da filha que, suponho, se chame Ágata. Assim: H-A-J-A-T-H-A (algo como Rajatha, com o 'th' na língua, tipo inglês, mas com sotaque árabe, sei lá, terrorista...).

Qual é a probabilidade de isso ocorrer com alguma alma viva? Que tipo de pessoa esquece de levar testemunhas para um casamento civil?

Depois dessa maluquice, muitas perguntas no ar ficaram. Respondam, se puderem.

2 comentários:

Anônimo disse...

olha... será q dá pra parar d ler o w eu to escrevendo ?
OBRIGADA!

então.... hhahaha se fosse comigo eu juro pra vc q teria a mesma reação.... afinal de contas um casamento é uma obra divina... ahhaha correto ???

ai ai elminho.... continue sempre assim q vc só me orgulha hahaha

BJUUUUSSSSSS

Denise com s. disse...

Eu sou a testemunha ocular desse caso...
Depois fiquei pensando...Deveríamos ter aceitado o cachorro-quente!