sexta-feira, 13 de março de 2009

Esse tal desemprego ainda me mata (de tédio)

É muito difícil estar sem emprego. E não é só pela falta de dinheiro, que é a razão mais óbvia para não gostar de ser desocupado. Algumas outras coisas também me deixam puto.

Um dos grandes problemas é eu ter me acostumado ao tédio. Tento me convencer diariamente de que cansei de não fazer nada, cansei de descansar. Mas isso não é propriamente a maior verdade da história da humanidade.

Degladio-me entre estar na ativa, fazendo refeições em horários corretos, me movimentando por aí no transporte público, produzindo alguma coisa, faturar um pouco, e continuar assim, o dia todo na internet, assistindo programações aleatórias na TV e ouvindo músicas sem prestar muita atenção.

A situação tá chegando ao ponto de eu procurar emprego com medo de achar. Mas o medo direciona-se a achar algo e não gostar. Eu quero trabalhar, mas para ganhar bem e atuar em algo divertido. É pedir demais?

E sabe o que é mais legal do meu desemprego? É ele nem ser considerado oficialmente desemprego. Eu estou boiando no purgatório profissional. Não sou mais estudante, não sou mais estagiário e nem posso mais ser. Por ter sido estagiário, muitas empresas não consideram que eu tenha experiência profissional (e mal sabem que eu trabalhava muito mais e muito melhor do que vários funcionários efetivos da empresa). Nunca tive carteira assinada, e a lei diz que só está desempregado quem já teve emprego um dia. Portanto, não sou empregado, mas tampouco sou desempregado.

Galera, eu nem sei quem sou.

E eu bem podia aproveitar esse tempo livre para trabalhar em meus projetos pessoais, mas nem isso estou motivado a fazer.

Alguém conhece alguma motivação boa pra eu usar? Tô precisando.

3 comentários:

Denise com s. disse...

Elmo, meu amigo;

É realmente fod@ ver um cara tão criativo e que escreve tão bem como você parado, sendo que há tantos idiotas em cargos bacanas. Não sei se te serve de consolo, mas como já falamos algumas vezes, eu trabalho na área, mas é só na carteira de trabalho mesmo, não há quase nada de jornalístico no que eu faço. Às vezes que penso que o mundo é meio injusto... Mas vamos ao que interessa, uma vez, falando com uma pessoa que trabalhava justamente na revista onde era o meu maior sonho trabalhar, a ouvi dizer que nós, focas, temos que nos mostrar. Ela explicou que temos mesmo que ir às redações e mostrar nossos textos, livros, blogs e tudo o mais. Dá trabalho, mas é isso aí. Escolhemos essa profissão, né?
Gde bjo!

Anônimo disse...

Você deveria ter escrito esse texto na primeira pessoa do plural.
Me identifiquei COMPLETAMENTE com ele!
Não quero mais ficar em casa, mas não quero trabalhar! Dá?
ahahahaha
Vamo que vamo!
Bjomeliga!

Anônimo disse...

Olá, boa tarde!
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