sexta-feira, 6 de abril de 2007

Dá pro Carlão que ele come...

Carlos era o nome do garçom. Um grupo de amigos queria se esfarrapar de comer em uma rede de fast-food árabe, cujo criador e dono é descende de italianos (?). Era um domingo, já noite, quase nove. Os clientes fizeram o pedido e ouviram a promessa de que tudo ficaria pronto em dez minutos. Há, acredito. Como comentei em posts anteriores, nada fica pronto no prazo nesse país.

Resumo do causo: uma hora depois nada tinha chegado. Consumidores exigentes teriam reclamado meia hora antes. Paspalhos demoram tanto para resmungar. Carlos disse que verificaria o andamento da solicitação.

Confessou que cometera um erro e não havia feito o pedido completo antes, mas que agora tudo sairia em velocidade inacreditável. Saiu. Todos comeram e ficaram saciados. Mas uma esfiha sobrara no prato. Constatou-se que era um item sobressalente do que fora pedido. Então uma das criaturas sentadas à mesa proclama em alto e bom som para a possível proprietária do alimento: "Dá pro Carlão que ele come!".

De pronto olhei para a boca santa que falou aquela barbaridade em público e comecei a rir. Risos vieram em resposta, mas também houveram caras de interrogação. Onde já se viu? Dentro do restaurante ficar insinuando que a cliente dê para o garçom. O que é isso? Suborno para não pagar a conta? Couver artístico?

Ai... ai... As mentes imundas e criativas são as minhas prediletas. Sempre pensam rápido e atentam para o que alguns demorariam para perceber ou nunca o fariam.

3 comentários:

Nadia disse...

Elmo, adorei seu texto!!!

Realmente mto bem escrito, tô orgulhosinha de vc, viu??? hehehe

bjokas

Anônimo disse...

mto bem mto bem mto bem....
well well....
vejamos....

afinal de contas.... elas deu pro carlão comer ou não ???

bjão elminho

Denise com s. disse...

Sem comentários... A reação das pessoas à mesa dizem tudo!!!