quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Mediador estraga tudo

Estive em um seminário essa semana. Tudo durou dois dias, carga horária de 16 horas. Oito horas por dia mais uma hora de almoço.

Deixando a matemática de lado, parto para o assunto.

Dentre muito blábláblá, reconheço que houveram momentos aproveitáveis, mas um caso particular me chamou a atenção.

Um senhor fora convidado para palestrar. Estava tão perdido, pobrezinho. Nem ao menos sabia que a participação dele seria para dar uma palestra.

A organização do evento (muito mal organizado, diga-se de passagem, com milhares de atrasos e gente mal preparada para falar) viu-se obrigada a mudar o cronograma. O antes palestrante transformou-se em mediador.

Um dos presentes apresentou seu power point rapidamente, graças a Deus, e passou a palavra ao mediador. Se não estou enganado, o tal deveria comentar o que fora apresentado, talvez propor outro debate, e passar novamente a palavra ao terceiro sujeito.

Não foi o que aconteceu. Daí por diante foram 40 minutos de falatório repetitivo, em todos os sentidos. Sem estar preparado, o cara gaguejava mais do que o porquinho da Warner. Da da da. Uma uma uma. É é é. Mas mas mas. Passei a prestar atenção na gagueirae chegou a um ponto que eu já sabia exatamente em quais pontos ele tropeçaria. A sentença "só para finalizar rapidinho" foi proferida incontáveis vezes.

Uma chuva de aplausos ansiosos irromperam ao fim, com direito a gritos de "até que enfim" e outros.

O terceiro palestrante falou. Foi rápido. Hora da rodada de perguntas. Logo na primeira para o primeiro palestrante, acredito que ocorreu o ápice do evento. Antes de responder, ele disse: "Vou tentar ser sucinto, já que o mediador falou mais do que nós, palestrantes..."

Foi uma salva de palmas, vivas e êêêê's digna de espetáculo Shakespeariano.

Toma essa!

Um comentário:

Bala de Goma disse...

ahahahahahha...
E-e-eu, ado-do-doro, você-cê!
ahahahaha, no ritmo da gagueira!!!
Beijo Elmitcho!